O monumento do patrimônio nacional francês ainda passa por reformas, mas o Paris-Musées, que administra a cripta, anseia que os turistas voltem a frequentar este espaço
Giovanna de Matteo Publicado em 10/09/2020, às 10h14
A cripta localizada na esplanada da Catedral de Notre-Dame em Paris foi reaberta na última quarta-feira, 9, depois de mais de um ano fechada por conta do incêndio que destruiu parcialmente o monumento, em 2019.
Para a comemoração da reabertura ao público a catedral organizou uma exposição em homenagem a Victor Hugo e Eugène Viollet-le-Duc, dois nomes protagonistas do renascimento da catedral no século 19. Victor Hugo é o autor do famoso romance que leva o nome da catedral parisiense e segundo Vincent Gille, especialista na área de conservação da Maison de Victor Hugo, "a exposição começa com a catedral, tal como era mostrada no momento da publicação do romance, no qual se menciona um incêndio de forma premonitória".
Além disso, desenhos, telas e trechos de filmes, que mostram toda fantasmagoria em torno da catedral e do romance, também são apresentados; Já Viollet-le-Duc, é o construtor da agulha que foi destruída pelo fogo no ano passado.
Além da exposição, o lugar apresenta sinais da ocupação urbana da ilha da Cité, onde se localiza o monumento religioso, que integra a rede de museus de Paris. Os visitantes poderão admirar e estudar os vestígios galo-romanos que são as atrações da cripta, como por exemplo, os restos de banhos termais, de uma parede e um monumento em homenagem aos barqueiros de Paris, o "Pilier des Nautes" (coluna ou pilar dos barqueiros), descoberto durante escavações realizadas nos anos 1960 e maquetes antigas da catedral.
A cripta é o primeiro espaço público próximo da catedral que reabre após o incêndio de 15 de abril de 2019. Devido às medidas sanitárias por conta da pandemia de Coronavírus, os ingressos têm que ser comprados com antecedência e as visitas dividem horas marcadas.
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