A cidade costeira permitiu o projeto de um bairro flutuante como maneira de enfrentar as mudanças climáticas
Pedro Paulo Furlan, sob supervisão de Penélope Coelho Publicado em 11/12/2021, às 07h28
De acordo com informações sobre as mudanças climáticas reveladas durante a última COP, que ocorreu de 31 de outubro a 12 de novembro deste ano, 2021, diversas cidades costeiras estarão em perigo nos próximos anos, com a elevação dos níveis do oceano — no entanto, Busan, na Coreia do Sul, pode ter encontrado uma possível solução.
Em uma tentativa de manter o crescimento da cidade e explorar maneiras de enfrentar as alterações causadas pelo aquecimento global, o município portuário, em união com a UN-Habitat, parte da ONU, aprovou o planejamento de um assentamento oceânico, no qual deverá ser construído o primeiro bairro flutuante e autossustentável.
Contando com fazendas urbanas, jardins, hortas e, inclusive, produção de frutos do mar, estes bairros deverão se unir e formar uma cidade inovadora, apelidada de Oceanix City. O prefeito de Busan, Park Heong-joon, afirmou, em comunicado, a necessidade deste projeto para a sobrevivência das cidades costeiras.
“Com as complexas mudanças que as cidades costeiras enfrentam, precisamos de uma nova visão onde seja possível que as pessoas, a natureza e a tecnologia coexistam”, escreveu.
Gerenciado pelo grupo de arquitetura Bjarke Ingles Group, a Oceanix City, que foi criada por uma colaboração entre engenheiros, arquitetos e designers, deve tornar-se uma metrópole com mais de 10 mil habitantes, incluindo tudo o que uma cidade ‘normal’ deve ter. As informações são do portal de notícias CNN.
Além disto, os bairros, nos quais o município flutuante será dividido, terão cerca de 20 mil metros quadrados e devem abrigar 300 pessoas em seus prédios. Um projeto criado em harmonia com o ambiente, estas vilas flutuantes são aprovadas por Maimunah Mohd Sharif, diretor do UN-Habitat, como escreveu à imprensa.
“Cidades flutuantes sustentáveis são parte do arsenal de estratégias de adaptação climática disponíveis para nós. Em vez de lutar contra a água, aprendamos a viver em harmonia com ela”, descreveu.
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