Impacto de outro asteroide na costa da África, ocorrido há 66 milhões de anos, revela evento catastrófico ainda mais complexo
Redação Publicado em 03/10/2024, às 18h10 - Atualizado em 07/10/2024, às 07h23
Um estudo recente publicado na Nature Communications Earth & Environment está desafiando nossa compreensão da extinção em massa que dizimou os dinossauros há 66 milhões de anos. Cientistas identificaram uma enorme cratera submarina na costa da Guiné, na África Ocidental, sugerindo que outro asteroide colidiu com a Terra na mesma época.
A cratera, batizada de Nadir, possui mais de 8 quilômetros de diâmetro e foi formada por um asteroide de cerca de 400 metros que atingiu o planeta a uma velocidade impressionante de 72.000 quilômetros por hora. Embora menor que o asteroide que causou a extinção em massa, o impacto foi suficientemente poderoso para desencadear uma catástrofe global.
"As novas imagens pintam um quadro do evento catastrófico", afirmou o Dr. Uisdean Nicholson, geólogo marinho da Universidade Heriot-Watt, no estudo em questão.
Através de imagens sísmicas 3D, os pesquisadores conseguiram mapear a cratera em detalhes nunca antes vistos, revelando falhas no leito marinho, deslizamentos de terra e um megatsunami de mais de 800 metros de altura.
A descoberta da cratera Nadir levanta a possibilidade de que o fim do reinado dos dinossauros tenha sido resultado de uma série de impactos de asteroides, e não apenas um único evento. Segundo o 'the Guardian', o asteroide responsável pela extinção em massa deixou uma cratera na península de Yucatán, no México.
"Os novos dados sísmicos 3D em toda a cratera Nadir são uma oportunidade sem precedentes para entender as consequências de tais eventos", destaca Nicholson.
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