A descoberta mostrou que os nativos americanos já faziam trocas de materiais para fumo há mais de um milênio
Vanessa Centamori Publicado em 29/06/2020, às 10h45
Pesquisadores da Universidade Estadual de Washington descobriram o que os nativos americanos fumavam há 1,4 mil anos. Trata-se de uma planta, com nome científico de Rhus glabra, que é nativa da América do Norte. A linhagem foi encontrada dentro de vários charutos que datam mais de um milênio.
Já se sabia que a espécie que estava nos charutos era parte da alimentação dos povos nativos americanos, mas somente agora seu uso para fumo foi descoberto. Acredita-se que a planta era misturada com tabaco para aprimorar qualidades medicinais ou para melhorar o sabor da fumaça.
Prova disso foram resíduos de tabaco N. quadrivalvis, encontrados misturados em um tubo contendo a planta milenar. Além disso, também havia fumos com restos de outro tipo de tabaco (N. rustica), cultivado por povos nativos na costa leste do que hoje são os Estados Unidos.
"Nossas descobertas mostram que as comunidades nativas americanas interagiram amplamente entre e dentro das regiões ecológicas, incluindo o comércio de sementes e materiais de tabaco", comentou em comunicado, Shannon Tushingham, co-autora do estudo.
Além disso, como apontou Korey Brownstein, pesquisador que liderou a descoberta, o fumo tinha grande importância há mais de um milênio. "O tabagismo costumava ter um papel religioso ou cerimonial para as tribos nativas americanas e nossa pesquisa mostra que essas plantas específicas eram importantes para essas comunidades no passado", disse.
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