Chorão no clipe 'Só os Loucos Sabem', do Charlie Brown Jr. - Divulgação / Vídeo / YouTube
Charlie Brown Jr.

Charlie Brown Jr.: Músicos acusam filho de Chorão de fraudar assinatura

Fundadores do CBJR, Marcão Britto e Thiago Castanho travam na Justiça disputa com herdeiro de Chorão: Alexandre Lima Abrão; entenda!

Fabio Previdelli Publicado em 26/02/2024, às 10h24

Filho do cantor Chorão, vocalista da banda Charlie Brown Jr. que faleceu há uma década, o empresário Alexandre Lima Abrão briga na Justiça contra os músicos Marcão Britto e Thiago Castanho — fundadores do CBJR — pela propriedade da marca e para impedi-los de usá-la em suas apresentações.

Alexandre alega que antes da morte de Chorão, o cantor assumiu não só a administração da banda como passou a cuidar de questões burocráticas sobre o conjunto musical: como o "arquivamento da memória iconográfica" e o "pedido de registro" do nome Charlie Brown no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). 

+ Guitarristas do Charlie Brown Jr. criticam filho de Chorão

Nesta segunda-feira, 26, porém, uma matéria publicada pelo Splash, do UOL, aponta que a defesa de Marcão e Thiago comunicou o Tribunal de Justiça de São Paulo sobre uma suposta falsificação de assinatura em um documento apresentado pela equipe de Alexandre

A tal contestação acontece no 'Acordo de Coexistência de Marcas', onde a Peanuts Worldwide — que detém os direitos do clássico personagem Charlie Brown, de Charles M. Schulz — teria cedido gratuitamente os direitos de uso da marca no Brasil para a empresa de Chorão, a Green Goes, que hoje é administrada por Alexandre

O documento, segundo aponta o advogado Jorge Roque, teria forjado a assinatura de Susan Osit, vice-presidente da Peanuts Worldwide. "Mesmo sem a realização de perícia, é possível notar por um simples olhar leigo que ambas as assinaturas contêm as mesmas falhas de caneta e estão dispostas em idêntica geometria, não sendo crível que uma pessoa consiga assinar dois documentos de maneira completamente igual", disse ao UOL. 

Ao que tudo indica, eles [Alexandre e seus representantes] forjaram um suposto 'Acordo de Coexistência de Marcas', o que, em tese, configura os crimes de falsificação de documento particular e/ou de falsidade ideológica", continua. 

Charlie Brown no Brasil 

Formado em 1992, o Charlie Brown Jr. é uma das principais bandas de rock da história recente brasileira. Sucesso absoluto no final dos anos 1990 e na década de 2000, o grupo, enquanto ativo, teve diversos pedidos de registro de marca rejeitados pelos INPI — que sempre foi favorável aos criadores do desenho. 

Mas, em agosto de 2022, o órgão mudou seu posicionamento e acatou o pedido da Green Goes — o que faz com que o uso da marca do Brasil passe a pertencer a Alexandre; que também briga na Justiça com a viúva do cantor

"O Inpi passou a entender, com razão, pela possibilidade de coexistência entre a marca 'Charlie Brown Jr.'e a obra intitulada 'A Turma do Charlie Brown', considerando, sobretudo, que é impossível identificar a aludida obra em face dos serviços reivindicados pelas marcas 'Charlie Brown Jr.', sendo estas, portanto, insuscetíveis de causar confusão ou associação com a obra de Charles M. Schulz", dizem os advogados de Alexandre

As partes envolvidas na disputa ainda não se pronunciaram publicamente sobre o caso.  Entretanto, sabe-se que, em fevereiro do ano passado, a Peanuts Worldwine entrou com um pedido no INPI para anulação do registro da marca Charlie Brown no Brasil. Na decisão o órgão jamais citou o documento alvo da atual disputa.

Música notícias Justiça Chorão Charlie Brown Jr. Charlie Brown CBJR Marcão Britto Thiago Castanho direito de marca propriedade intelectual Alexandre Lima Abrão

Leia também

Afinal, por que Plutão não é mais um planeta?


Trump promete visitar Springfield após espalhar falsa teoria sobre imigrantes


Descubra quem é a garotinha revoltada do "Xou da Xuxa"


Quando o Maníaco do Parque vai deixar a prisão?


Volta Priscila: Vitor Belfort diz que desaparecimento da irmã é um "enterro diário"


Restauração de templo egípcio revela inscrições antigas e cores originais