A cerimônia de recebimento do coração de Dom Pedro I ocorreu nesta terça-feira, 23, na rampa do Palácio do Planalto
Éric Moreira Publicado em 23/08/2022, às 20h01
Dom Pedro I foi o primeiro imperador do Brasil, tendo sido também o responsável pela proclamação da Independência nacional, em 1822. Tamanha sua importância para a história do Brasil, há meses corre uma discussão em torno de um pedido, por parte brasileira, para a vinda do coração do antigo líder para o território nacional — sendo que este tem como 'lar' Portugal, desde sua morte — para a celebração do bicentenário da Independência, no dia 7 de setembro.
Porém, depois de muitos debates, o governo português cedeu e concordou em enviar o coração de Dom Pedro I para o Brasil, para a comemoração do Dia da Independência. Durante a cerimônia, realizada no dia 23 de agosto.
O coração foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta terça-feira, 23, na rampa do Palácio do Planalto, ao som de tiros de canhão. A relíquia seguirá ao Palácio do Itamaraty, onde ficará exposta até 5 de setembro.
"Dois países, unidos pela História, ligados pelo coração. Duzentos anos de independência. Pela frente, uma eternidade em liberdade. Deus, pátria, família! Viva Portugal, viva o Brasil!", declarou Bolsonaro na recepção do órgão.
Para chegar até o território tupiniquim, o órgão que deixou Portugal pela primeira vez, foi transportado em uma cabine de passageiros de um avião da FAB. Junto do coração estavam autoridades portuguesas e um representante do governo brasileiro.
Para que o órgão fosse trazido ao Brasil, a negociação entre os governos levou quatro meses, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores. Além disso, foi realizada uma votação entre vereadores na cidade do Porto e peritos do Instituto Médico Legal da Universidade do Porto permitiram o translado da frágil relíquia.
Uma exposição em Portugal foi realizada antes da vinda do órgão para o Brasil, no domingo, 21. Em Porto, inúmeras pessoas participaram da exposição aberta do coração de D. Pedro I.
Como repercutido pelo G1, essa pode ser a primeira vez que o coração deixa Portugal, mas não a primeira que restos mortais de Dom Pedro I participam de celebrações da Independência.
No ano de 1972, durante a ditadura militar, parte da ossada do imperador foram expostas em várias cidades brasileiras e depois depositada no Monumento da Independência, em São Paulo.
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