Nesta semana, o MP solicitou um exame criminológico para determinar se Cristian Cravinhos irá progredir ao regime aberto
Maria Paula Azevedo, sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 17/05/2024, às 14h22
Nesta terça-feira, 14, a defesa de Cristian Cravinhos entrou com pedido de progressão ao regime aberto. Um dia depois, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) solicitou à Justiça que o condenado a 38 anos de prisão pelo assassinato do casal von Richthofen, realize um exame criminológico como parte da avaliação do benefício.
Um dos argumentos apresentado pela advogada de defesa Maieli Luana Rodrigues é o bom comportamento de Cravinhos, que cumpre pena na Penitenciária 2 de Tremembé, conforme repercutido pelo G1.
Contudo, o promotor Alexandre Mourão Mafetano, que atua na 12ª Promotoria de Justiça de Taubaté, alegou que o atestado de boa conduta carcerária não é suficiente para garantir que o detento volte a conviver em sociedade.
Como o caso em questão necessita de uma análise mais rigorosa devido à gravidade do cometido, a questão deve ser precedida da realização de exame criminológico, na forma do artigo 196, § 2º, da Lei de Execução Penal, de sorte a melhor se traçar o perfil psicológico do preso e se averiguar possível melhora íntima", acrescentou o promotor.
É importante relembrar que Cravinhos chegou a cumprir sua pena em regime aberto em 2017, mas perdeu o benefício após ser preso sob suspeita de agredir uma mulher e tentar subornar policiais, além de descumprir uma medida judicial no interior de São Paulo.
Na ocasião, ele teria oferecido R$ 1 mil para não ser preso e afirmado que o irmão, Daniel, entregaria outros R$ 2 mil aos policiais. Ele também foi flagrado com dinheiro em espécie e munição de 9 mm, de uso restrito.
Em 2002, na época do assassinato do casal von Richthofen, o irmão de Cristian, Daniel, namorava Suzane. O trio foi responsável pelo planejamento e execução do assassinato que Manfred e Marísia von Richthofen na casa da família, localizada na Zona Sul de São Paulo. O crime teria sido cometido em razão dos pais de Suzane serem contra o namoro da filha.
Em 2006, Suzane e os irmãos Cravinhos enfrentaram um julgamento popular. Cristian foi condenado a 38 anos e seis meses em regime fechado, mas foi liberado da penitenciária em agosto de 2017, com permissão judicial para cumprir o restante de sua sentença em regime aberto.
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