"Entregar um filho para nunca mais voltar é o que mais machuca", lamentou Ana Carolina Oliveira, em entrevista recente
Pamela Malva Publicado em 14/04/2021, às 15h00 - Atualizado às 15h27
Pouco mais de um mês depois da misteriosa morte de Henry Borel, no Rio de Janeiro, Ana Carolina Oliveira, a mãe de Isabella Nardoni, comentou as semelhanças entre os casos das duas crianças, em entrevista publicada pela Revista Piauí.
Tendo perdido sua filha em 2008, quando a pequena tinha apenas 5 anos, Ana Carolina afirmou que está acompanhando as investigações do caso de Henry. Ela assistiu, inclusive, uma recente entrevista dada por Monique Medeiros, a mãe do menino.
“Senti algo muito estranho…”, narrou Ana Carolina. “Naquele momento, pensei o pior mesmo e vi semelhanças com o ocorrido com a minha filha, Isabella. Por mais que as pessoas ensaiem, criando uma versão falsa para o crime, a verdade não consegue ser escondida nem por elas mesmas.”
Ainda à Piauí, a mãe de Isabella Nardoni comentou que compreende a dor de Leniel Borel, o pai de Henry, que cuidava do filho aos finais de semana. Pensando nisso, ela fez questão de entrar em contato com ele: “Meu coração estava pedindo pra fazer isso.”
“Está sendo muito difícil”, respondeu Leniel. “Não paro de pensar no meu filho. Além do meu filho, eles levaram a minha paz.” Para Ana Carolina, tal conforto, de certa forma, pode ser reconquistado através da justiça. “O julgamento encerra um ciclo. No meu caso, entre o assassinato da minha filha e a condenação, passaram-se dois anos", narrou.
Por fim, a mulher lamentou o envolvimento de pessoas de confiança na morte das duas crianças. “Sabe o que é mais dolorido? Eu e Leniel entregamos os nossos filhos para quem deveria cuidar e zelar. Entregar um filho para nunca mais voltar é o que mais machuca, revolta. As dores não são comparáveis. Mas elas são enormes, imensuráveis.”
No domingo de 7 de março de 2021, o engenheiro Leniel Borel deixou seu filho Henry na casa da mãe do garoto, sua ex-esposa Monique. Segundo a mulher, via UOL, o menino teria chegado cansado, pedindo para dormir na cama que ela dividia com Jairinho.
Por volta das 3h30 da madrugada, o casal foi verificar o pequeno e acabou encontrando Henry no chão, já desacordado. Monique e o vereador levaram o garoto às pressas para o hospital, enquanto avisavam Leniel, que, desconfiado, abriu um Boletim de Ocorrência.
O caso começou a ser investigado no mesmo dia e, até hoje, a polícia já ouviu cerca de 18 testemunhas. Tendo em vista que a morte do garoto foi causada por “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente”, os oficiais já reuniram provas o suficiente para descartar a hipótese de um acidente, segundo o G1.
O inquérito, no entanto, ainda não foi concluído e, dessa forma, nenhum suspeito foi acusado formalmente, mesmo que a polícia acredite que trate-se de um assassinato. Da mesma forma, falta esclarecer o que realmente aconteceu com Henry naquele dia.
Caracóis 'extintos' voltam a habitar o Atlântico após anos de esforços
Interestelar: Detalhe desapercebido pode mudar completamente interpretação do filme
Atlântida inglesa: Arqueólogos descobrem artefatos da Idade da Pedra no Mar do Norte
Mistério de vulcão que quase destruiu o mundo é finalmente desvendado
Influenciador Gabriel Freitas, que pesou mais de 380 quilos, morre aos 37 anos
Descoberta acidental revela segredos escondidos em propriedade histórica