Imagem de Carlos Bolsonaro - Divulgação
Carlos Bolsonaro

Carlos Bolsonaro ironiza minuta golpista em seu canal do Telegram

Filho de Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro, ironizou a minuta golpista descoberta na casa de Anderson Torres

Redação Publicado em 13/01/2023, às 18h04 - Atualizado em 14/01/2023, às 01h40

Depois da descoberta de uma minuta golpista na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro, ironizou a descoberta que tinha como objetivo uma mudança no resultado das eleições.

Carlos Bolsonaro repercutiu a minuta em seu canal do Telegram, nesta sexta-feira, 13, com o seguinte comentário em tom de ironia: "Só no Brasil um golpe tem que ser aprovado por Conselho, publicado em DOU (Diário Oficial da União) e votado pelo Congresso".

Minuta Golpista

Embora, de fato, necessitasse da aprovação de parlamentares, o decreto previa que ele deveria entrar em vigor a partir do momento em que fosse assinado por Jair Bolsonaro. Esse documento, que foi encontrado no armário da casa de Anderson durante buscas da Polícia Federal, previa a instauração de um estado de defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com o objetivo de reverter o resultado das urnas.

Anderson Torres alegou que a minuta estava fora de contexto e a Polícia Federal investigará o contexto de sua elaboração, como informado pelo UOL. Seu teor é golpista por contestar o resultado das eleições sem a apresentação de provas.

Além da utilização do estado de defesa de forma inconstitucional, quebrar o sigilo de ministros, prever a criação de uma comissão para deixar sob responsabilidade dos militares e por não deixar nenhuma brecha para uma contestação judicial.

Perca do cargo

Anderson foi demitido do cargo de secretário de Segurança do Distrito Federal depois dos atos de vandalismo e terrorismo ocorridos nos prédios sedes dos três poderes em 8 de janeiro. A pedido da AGU (Advocacia-Geral da União), o ministro Alexandre de Moraes expediu um pedido de prisão contra Torres.

Ele está nos Estados Unidos, para onde viajou dias antes dos atos de terrorismo em Brasília. Ele precisará, quando retornar ao Brasil, explicar os atos de terrorismo e explicar quem produziu o decreto e a circunstância em que ele foi elaborado.

O atual ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que aguardará até a próxima segunda-feira, 16, para que Anderson se apresente na sede da Polícia Federal. Caso contrário, irá solicitar a extradição de Torres

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