Ex-goleiro ainda reclamou que o Flamengo, seu ex-clube, não lhe dá o reconhecimento necessário, apesar do apoio da torcida: “Eu arrasto multidões”
Fabio Previdelli Publicado em 13/07/2021, às 17h00
Em 2010, o goleiro Bruno foi preso por ter planejado e participado do sequestro e morte da modelo Eliza Samudio, com quem teve um filho, o Bruninho. Por conta disso, o ex-arqueiro do Flamengo acabou sendo condenado a 22 anos de prisão — sendo que ele cumpre pena no semiaberto desde 2019, como aponta o UOL.
Apesar dos ‘erros do passado’, Bruno reclamou que, hoje em dia, não possui o reconhecimento por parte do clube rubro-negro que acha que deveria ter.
“Eu fico muito triste quando chega o dia do goleiro e não postam uma foto do Bruno. Eu vejo torcedor cobrando isso. É isso que me deixa chateado. Independente do que tenha acontecido com a minha vida pessoal, a Justiça me condenou, não existe prisão perpétua no Brasil, eu cumpri, estou tentando me reerguer, e eles postam foto de todos os goleiros, menos a do Bruno. Mas o que me motiva é o torcedor do Flamengo lembrar de mim”, disse em entrevista ao canal Nação Urubu 81.
Para o ex-atleta, grande parte disso se dá pelo julgamento que a mídia fez, já que diz que torcedores do Flamengo o consideram como ídolo. “Por mais que a imprensa tente não vai apagar minha história no Flamengo. Vão apagar o título de 2009? Na Europa, os clubes protegem seus ídolos. Se eu ainda sou visto como ídolo do Flamengo, pelo torcedor, por que não colocar uma foto minha só no dia do goleiro?”.
Entre 2006 e 2010, Bruno defendeu as cores do gigante carioca, pelo qual conquistou um campeonato brasileiro e três títulos estaduais. Cotado para a seleção brasileira, na época, o goleiro era alvo constante de sondagens de equipes do interior, mas tudo mudou após o crime.
Há alguns anos, como recorda o UOL, Bruno até tentou voltar ao futebol, com passagens pelo Boa Esporte, Poços de Caldas, Rio Branco e Atlético Carioca, porém, nenhuma delas vingou — o que o levou a anunciar sua aposentadoria em maio deste ano. Para o ex-jogador, no entanto, existe um culpado para tudo isso.
“Na verdade, eu tenho lenha para queimar ainda, teria condições para continuar jogando, meu preparo físico é bom. Eu tinha a intenção, depois de ter enfrentado a situação que todo mundo já conhece, de dar a volta por cima, de mostrar que todo ser humano é capaz de recomeçar, o ser humano é maior que seu próprio erro”, explica.
“Eu tinha, sim, a vontade de continuar no futebol, até porque é um sonho de criança, que foi realizado. E infelizmente não consegui. Deixei isso em terceiro ou quarto plano por causa da pressão midiática. Onde eu saio, aonde eu vou, eu arrasto multidões. Sou abraçado, acolhido, principalmente no Rio de Janeiro. Então, o que mais pegam no meu pé é a questão midiática”, completa.
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