A galáxia anã Peixes VII / Tri III - Divulgação / NASA / STSCI / J. Depasquale; Observatório Las Cumbres
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Astrônomo amador encontra mancha no céu que foi constatada como nova galáxia anã

A pesquisa foi feita por astrofísicos profissionais, que identificaram Peixes VII / Tri III e devem continuar as investigações

Isabela Barreiros Publicado em 22/11/2021, às 10h25

Um astrônomo amador foi responsável por encontrar uma mancha no céu enquanto analisava dados disponíveis ao público. Com a descoberta de Giuseppe Donatiello, astrofísicos profissionais decidiram investigá-la a fundo e a identificaram como uma nova galáxia anã.

Como fruto de uma parceria entre cientistas da Universidade de Surrey, no Reino Unido, e do Instituto de Astrofísica de Andalucía, na Espanha, o estudo foi liderado pelo Dr. David Martinez-Delgado, do Instituto de Astrofísica de Andalucía, que batizou a galáxia pioneira de Peixes VII / Tri III.

Após o entusiasta localizar o objeto astronômico desconhecido, os pesquisadores realizaram análises em imagens feitas pelo Telescopio Nazionale Galileo, capaz de registrar os fenômenos de maneira mais profunda. A partir disso, eles processaram os dados e realizaram a calibração fotométrica.

"Conhecimento teórico sobre a formação de galáxias significa que esperaríamos ver muito mais pequenas galáxias orbitando a galáxia Triangulum, M33. No entanto, até agora ele só tem um satélite conhecido”, explicou Emily Charles, Ph.D. da Universidade de Surrey, via nota da instituição.

“Se esta galáxia recentemente identificada pertence a M33, pode significar que existem muitas mais que não foram descobertas ainda, pois são muito fracas para aparecer em pesquisas anteriores do sistema. M33 atualmente desafia as suposições dos astrofísicos, mas esta nova descoberta começa a nos assegurar de que nossas teorias estão corretas”, completa.

É por isso que mais pesquisas ainda deverão ser feitas para que se comprove se Peixes VII / Tri III é uma galáxia anã isolada ou um satélite da galáxia Triangulum (M33). Novas imagens serão feitas pelos astrofísicos com telescópios de maior capacidade para que eles possam chegar a essa conclusão.

“Para confirmar o movimento da nova galáxia , precisamos de imagens de um telescópio de 8m ou 10m, como Keck ou Gemini. Imagens profundas do Hubble nos permitiriam alcançar estrelas mais fracas que atuam como estimadores de distância mais robustos, pois têm um brilho padrão”, afirmou Noushin Karim, Ph.D. da Universidade de Surrey, que também participou da pesquisa.

O estudo foi publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

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