Gosma preta era utilizada também em cima dos sarcófagos - Divulgação
Egito

Arqueólogos analisam gosma preta presente em sarcófagos egípcios

Até então um questionamento entre especialistas, o material foi estudado por pesquisadores britânicos

Caio Tortamano Publicado em 22/05/2020, às 08h00

Uma pesquisa liderada pela Doutora Kate Fulcher, do departamento de pesquisas científicas do Museu Britânico em Londres, conseguiu algumas pistas para desmistificar a presença de uma espécie de gosma preta em um sarcófago egípcio.

O estudo foi realizado no local de descanso de um sumo sacerdote, que teve o rosto coberto por uma folha de ouro e foi enterrado com uma quente gosma negra colocada por volta de todo o sarcófago, vedando hermeticamente o corpo.

Depois de analisar outras dezenas de amostras do mesmo material, os pesquisadores puderam constatar que a gosma era composta de óleos de plantas, gordura animal, resinas de árvores, cera de abelha e betume. Os especialistas ainda afirmaram que o composto deve contar com outros elementos, que acabaram desaparecendo depois de mais de 3 mil anos. 

Muitos dos ingredientes encontrados só podiam ser adquiridos fora do Egito, como as resinas vindas da Grécia ou o betume importado do Mar Morto. Pertencendo somente as classes mais altas do reino, a gosma era aplicada em diferentes momentos do processo de enterro, e o preto representava os sedimentos que sobravam das cheias naturais do Nilo, dando um ar místico e mágico-regenerativo ao sepultamento.

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