Após um século, museólogo descobre 'música perdida' de Chopin

Um curador de um museu em Nova York fez uma descoberta surpreendente: uma valsa até então desconhecida de Frédéric Chopin. Esta é a primeira vez em quase um século que uma nova composição do renomado compositor polonês é encontrada. 

O manuscrito, que mede cerca de 10 por 13 centímetros, foi inicialmente descoberto por Robinson McClellan em 2019. Ele então consultou especialistas para obter mais informações, conforme anunciado pela Biblioteca e Museu Morgan nesta segunda, 28.

Conforme consta no comunicado emitido pelo Museu:

Chopin era conhecido por suas 'pequenas formas', mas esta obra, com duração de aproximadamente um minuto, é mais curta do que qualquer outra valsa que ele tenha composto. No entanto, é uma peça completa, evidenciando a 'concisão' típica das obras finalizadas pelo compositor."

A Composição

Para autenticar a valsa, McClellan contou com a ajuda de Jeffrey Kallberg, especialista em Chopin e vice-reitor de artes e letras da Universidade da Pensilvânia. "Pesquisas detalhadas sugerem uma forte probabilidade de que a peça seja realmente de Chopin", informa o comunicado.

As investigações incluíram análises de conservadores de celulose que confirmaram que o papel e a tinta são coincidentes com os utilizados por Chopin. O museu acredita que o tamanho pequeno do manuscrito sugere que poderia ter sido um presente destinado a alguém. 

Embora o músico costumasse assinar manuscritos presentes, este não está assinado, o que pode indicar que ele decidiu não o entregar.

“Esta valsa recém-descoberta amplia nossa compreensão de Chopin como compositor e levanta novas questões para os estudiosos sobre quando e para quem a peça foi escrita”, afirmou McClellan no comunicado.

No mesmo documento, Colin B. Bailey, diretor do museu, comenta: "Nossa vasta coleção musical é caracterizada por manuscritos que mostram o processo criativo, e é emocionante ter encontrado uma nova e desconhecida obra de um compositor tão icônico."

Desde o final da década de 1930, não havia registros de descobertas de composições inéditas do compositor polonês.

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