Ministro da educação será investigado por publicação que usou gibi da Turma da Mônica para atacar os chineses
Fabio Previdelli Publicado em 29/04/2020, às 10h57
Após um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, na noite de ontem, 28, a abertura de um inquérito que investigará o ministro da Educação, Abraham Weintraub, por crime de racismo.
No início do mês, Weintraub usou uma capa do gibi da Turma da Mônica para ironizar e responsabilizar os chineses pela pandemia do novo coronavírus, insinuando que o país se beneficiaria, de propósito, da crise mundial instaurada por conta da enfermidade.
Para isso, ele usou o personagem Cebolinha, que troca a letra “r” pelo “l” — fazendo referência ao sotaque chinês ao tentar falar a língua portuguesa. "Geopoliticamente, quem podeLá saiL foLtalecido, em termos Lelativos, dessa crLise mundial? PodeLia seL o Cebolinha? Quem são os aliados do BLasil do plano infalível do Cebolinha paLa dominaL o mundo? SeLia o Cascão ou há mais amiguinhos?", tweetou na ocasião.
Com isso, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, disse que a conduta do ministro "configura, em tese, a infração penal prevista na parte final do artigo 20 da Lei 7.716/1989, que define os crimes resultantes de preconceito". A conduta pode ser punida com um a três anos de prisão e multa.
O ministro Celso de Mello também negou a possibilidade do inquérito ocorrer sob sigilo, e Weintraub terá que depor em dia e horário pré-estabelecido. De acordo com Mello, somente vítimas e/ou testemunhas possuem esse privilégio. O prazo para a conclusão das investigações é de 90 dias.
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