Com apenas 13 anos, garoto encontrou um raro anel com suporte para pedra preciosa em escavações próximas à Galileia, em Israel; confira!
Éric Moreira Publicado em 20/03/2024, às 12h58
Recentemente, a Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA, na sigla em inglês) vem conduzindo uma série de escavações em Huqoq, próximo à região da Galileia. Além de arqueólogos, também vêm colaborando nas buscas estudantes, moradores locais e militares — e foi nesse contexto que um garoto de apenas 13 anos encontrou, onde foram descobertos esconderijos subterrâneos, um antigo anel de 2 mil anos.
Nas palavras do próprio adolescente, em comunicado da IAA no Facebook, "um pequeno objeto incomum" teria lhe chamado a atenção. "No início, não entendi do que se tratava, mas depois olhei mais de perto e reconheci um buraco. Quando apresentei a descoberta a um arqueólogo, ele confirmou que era um anel antigo."
O anel, por sua vez, é feito de cobre e possui em seu centro um espaço vazio, onde provavelmente teria existido, no passado, uma pedra preciosa.
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Tal anel remonta ao período da Rebelião de Bar Kokhba. Junto de outras descobertas, o anel reforça as evidências de que houve atividade humana em uma caverna durante os preparativos para a rebelião ou durante a própria rebelião", pontuam Uri Berger e Yinon Shivtiel, responsáveis pelas escavações.
Apesar do anel, o maior achado feito nas escavações foi uma série de túneis ocultos que, assim como o acessório de cobre, é datado do tempo da Revolta de Bar Kokhba (ou Barcoquebas), um conflito ocorrido entre 132 e 135 d.C., em que se deu a insurgência dos judeus contra o Império Romano.
Segundo a Revista Galileu, este conjunto de túneis é considerado o maior sistema de esconderijos já encontrado na Galileia, contando com oito espaços estreitos e baixos de abrigos subterrâneos, que permitiam o trânsito por debaixo das casas locais. O estreito espaço seria importante para dificultar a movimentação de guerreiros romanos armados com equipamentos pesados.
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"O sistema de esconderijos oferece um vislumbre dos dias difíceis da comunidade judaica em Huqoq e na Galileia como um todo", acrescentam Berger e Shivtiel em nota. "Mas a história que emerge do local é otimista. É uma história de residentes que, mesmo depois de perderem sua liberdade e passarem por revoltas difíceis, eventualmente emergiram dos túneis onde se esconderam e estabeleceram uma próspera vila no topo da colina."
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