As vítimas libertadas pela atuação da polícia federal estavam espalhadas pelo Brasil
Ingredi Brunato, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 28/07/2022, às 15h18
Neste momento, o Brasil empreende aquela que pode ser sua maior operação destinada ao resgate de pessoas em condições análogas à escravidão. A chamada Operação Resgate 2, iniciada no último dia 4 de julho, já libertou 337 vítimas do crime através de 15 estados diferentes, conforme repercutido pelas autoridades brasileiras nesta quinta-feira, 28.
O projeto é uma colaboração de escala nacional, incluindo o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho e a Defensoria Pública da União, assim como a polícia federal e a rodoviária. As informações foram repercutidas pela coluna do jornalista Leonardo Sakamoto no UOL.
As vítimas ajudadas pelos agentes da lei até agora incluem cinco menores de idade e seis empregadas domésticas, sendo que uma dessas estava sendo mantida na situação de escravidão moderna havia nove anos.
A história do último caso acaba sendo similar àquela descrita no impactante podcast jornalístico "A Mulher da Casa Abandonada", que se tornou popular nas últimas semanas, chamando atenção dos brasileiros para o fato de que esse crime acontece com mais frequência do que imaginávamos.
A grande maioria dos brasileiros sendo escravizados, todavia, se encontrava no campo: 77 trabalhavam com a plantação de café, outros 77 com a palha de milho e 49 estavam no ramo da pecuária.
A eficiência alcançada pelo esforço nacional foi expressado por uma fala de Maurício Krepsky, o chefe da divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo, que faz parte da Secretaria de Inspeção do Trabalho:
O número de resgatados apenas no mês de julho na Operação Resgate 2 já é quase metade de todos os resgatados este ano", relatou ele durante uma entrevista coletiva repercutida pelo UOL.
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