Confira algumas das contribuições do gênio renascentista Leonardo da Vinci para com a ciência que trouxeram importantes avanços para a humanidade
Giovanna Gomes Publicado em 29/09/2024, às 12h00
Polímata notável, Leonardo da Vinci foi, sem dúvidas, um dos maiores gênios da história da humanidade. Nascido na atual Itália, no ano de 1452, e falecido em 1519, ele é conhecido por suas icônicas pinturas, entre as quais se destacam a "Mona Lisa" e "A Última Ceia".
No entanto, não foi apenas à arte que Leonardo se dedicou: seus estudos nas áreas da anatomia, ciência e engenharia, por exemplo, trouxeram importantes avanços para a humanidade.
A seguir, confira algumas das contribuições de Da Vinci para com a ciência.
Leonardo foi pioneiro ao compreender o nervo olfativo, identificando-o como um nervo craniano. O psicólogo e cientista Jonathan Pevsner, do Instituto Kennedy Krieger, ressaltou à BBC a importância dos estudos anatômicos de Da Vinci, cuja curiosidade o levou a criar desenhos detalhados. Além disso, o renascentista também determinou as formas e tamanhos dos ventrículos cerebrais.
Segundo Pevsner, o trabalho de Da Vinci reflete o início da era científica moderna, integrando arte e ciência em suas investigações sobre o funcionamento do cérebro em saúde e doença.
Embora as engenhocas de Da Vinci, como o helicóptero que desenhou, não fossem capazes de voar, elas revelam uma criatividade surpreendente para a época. Seus estudos inspiraram futuras invenções que tornaram possível o voo humano.
Além disso, ele esboçou paraquedas e dois tipos de planadores. Em 2002, Robbie Whittall, campeão mundial de parapente, tentou testar um desses modelos, mas concluiu que faltava estabilidade para o sucesso.
Da Vinci também foi um visionário ao propor o uso da energia solar para aquecimento, projetando um sistema em que espelhos côncavos concentrariam a luz do sol para aquecer a água.
Ele acreditava que essa tecnologia poderia diminuir a necessidade de corte de árvores, numa época em que a lenha era a principal fonte de calor. A ideia é mencionada no livro "Let It Shine - The 6,000-year Story of Solar Energy", de John Perlin, professor da Universidade da Califórnia.
O médico Francis C. Wells, da Universidade de Cambridge, considera os desenhos de Da Vinci sobre o coração humano como pioneiros e precisos em termos anatômicos.
Em seu livro "The Heart of Leonardo", Wells compara as ilustrações do renascentista com imagens modernas de dissecações, revelando como muitas de suas descobertas foram tão avançadas que só agora, com as tecnologias atuais, podem ser plenamente compreendidas.
Séculos antes de Guillaume Amontons, Da Vinci esboçou as leis do atrito. O engenheiro Ian Hutchings, da Universidade de Cambridge, revisou as anotações do italiano e concluiu que ele estudou o fenômeno por ao menos 20 anos, compreendendo seu funcionamento. Em 1493, Da Vinci já havia traçado os princípios básicos do atrito.
“Os rascunhos e textos mostram que Leonardo entendeu os fundamentos do atrito em 1493”, afirmou Hutchings em um comunicado. “Ele sabia que a força do atrito agindo entre duas superfícies de deslizamento é proporcional às cargas de prensagem das superfícies juntas, e que o atrito é independente da área aparente de contato entre duas superfícies. Essas são as leis de atrito que nós usamos atualmente e creditamos ao cientista francês Guillaume Amontons, que descobriu isso 200 anos depois.”
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