Futebol da Ditadura: O período que a Seleção foi propaganda do regime militar

No Brasil, o futebol é o esporte com maior popularidade, inclusive, a Seleção Brasileira é conhecida por ser uma das melhores do mundo. No entanto, devido à essa grandiosa fama entre a população, muitas empresas veem nos times de futebol uma maneira de se venderem, rendendo assim o patrocínio aos clubes.

Mas não somente grandes marcas enxergaram nos clubes de futebol uma maneira de propagar sua marca, já que o próprio governo utilizou a Seleção do país para espalhar uma mensagem política.

No ano de 1970, o Brasil alcançou o tricampeonato da Copa do Mundo, vencendo a Itália por um ótimo placar de 4 a 1. Na liderança estavam Tostão, Pelé e Rivelino. Porém, naquele mesmo período, o Brasil passava por uma ditadura repressiva severa, sob o comando de Emilio Médici.

Médici era um grande fã de futebol e foi apenas uma questão de tempo para que ele usasse o sucesso da Seleção Brasileira como uma forma de propaganda para seu próprio governo, de acordo com o professor e historiador Vitor Soares.

O Brasil 'do futuro'

O governo de Emilio vivia o que ficou conhecido como “milagre econômico”, graças ao crescimento da economia brasileira, e, por conta disso, lançou alguns slogans, tais como: “Ninguém segura esse país” e “Brasil, ame-o ou deixe-o”.

Como se não fosse o suficiente toda essa propaganda, o governo se aproveitou do jingle da Copa: “Pra Frente, Brasil”, para continuar mostrando para o mundo que o país estava em ótimas condições e que estávamos prosperando ainda que em uma Ditadura Militar.

Desventuras

O professor Vitor Soares apresenta o Desventuras na História, promovido pelo portal do Aventuras na História, disponível nas principais plataformas de streaming de áudio. No TikTok, o historiador acumula mais de 42 mil seguidores.

Confira abaixo o vídeo na íntegra: