Como o Brasil foi palco de espionagem durante a Segunda Guerra?

Entre setembro de 1939 e setembro de 1945, a atenção de todo o mundo esteve voltada ao que hoje é lembrado como o conflito militar mais sangrento de toda a História: a Segunda Guerra Mundial.

De um lado, estava o Eixo, uma coalizão entre a Alemanha Nazista, governada por Adolf Hitler, a Itália Fascista e o Japão Imperial; de outro, os Aliados, formados pela Inglaterra, pela França, pelos Estados Unidos e pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

Embora nem sempre seja mencionado, o Brasil também teve participação na Segunda Guerra. Foi no dia 22 de agosto de 1942, três anos após o conflito ter iniciado, que, após ter seus navios mercantes atacados por torpedos, o Brasil — na época governado por Getúlio Vargas — declarou guerra à Alemanha Nazista e à Itália Fascista.

Nesse cenário, os nazistas tinham a necessidade de, além da Europa, buscar mais informações na América do Sul sobre as tropas Aliadas, a fim de obter informações que poderiam ser cruciais para a vitória na guerra. E foi assim que surgiu um dos maiores casos de espionagem de toda a Segunda Guerra Mundial, bem no Porto de Santos, no litoral brasileiro.

Espionagem nazista

Professor de História e idealizador do podcast 'História em Meia Hora', Vítor Soares explicou o caso de espionagem nazista no Brasil recentemente, em um vídeo publicado em seu perfil no TikTok.

A espionagem do Eixo no Brasil envolveu tanto alemães quanto brasileiros. Entre os alemães, Gustav Engels, da agência de espionagem alemã, era um dos líderes da espionagem aqui no Brasil", explica o Vítor Soares no vídeo. "Ele e os seus colaboradores, boa parte deles brasileiros, foram pegos espionando o Porto de Santos".

Além disso, também foi detido outro homem alemão chamado Josef Starziczny, enquanto observava a movimentação dos navios Aliados na costa brasileira.

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Prisão

O professor Vítor Soares também acrescenta no vídeo que, embora tenham sido eventualmente descobertos e desmascarados, "nenhum deles [alemães ou brasileiros que colaboraram na espionagem] sofreu pena de morte, e alguns ficaram poucos anos na prisão após o fim da guerra".