A primeira múmia egípcia grávida já identificada - Divulgação/Academia de Ciências da Polônia
Arqueologia

A primeira múmia de uma grávida do Egito Antigo: veja 5 curiosidades sobre a descoberta

Para pesquisadores, o achado arqueológico de 2 mil anos possibilitará novas interpretações sobre a crença dos egípcios na vida após a morte

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 01/05/2021, às 14h37

Na última semana, a Aventuras na História noticiou uma importante descoberta arqueológica. Pesquisadores da Academia de Ciências da Polônia identificaram, pela primeira vez, a múmia de uma gestante.

O fato foi considerado transformador, visto que nunca antes um corpo mumificado de uma grávida com tamanha preservação foi encontrado. Por isso, separamos 5 curiosidades sobre a descoberta impressionante. Confira!

1. Descoberta antiga

A primeira múmia egípcia de uma gestante já identificada / Crédito: Divulgação/Academia de Ciências da Polônia

 

Ainda que o estudo sobre a múmia tenha sido publicado na revista científica Journal of Archaeological Science na última quarta-feira, 28, a múmia já tinha sido descoberta há muito tempo, em 1826. Naquele ano, ela foi levada para Varsóvia, na Polônia. 

Uma equipe arqueológica foi responsável por encontrar a múmia em túmulos reais localizados na antiga cidade de Tebas, no Egito. Isso fez com que pesquisadores associassem o corpo mumificado à nobreza. Depois, ela foi levada ao Museu Nacional de Varsóvia, onde permaneceu em exposição.


2. Idade

A partir de análises importantes realizadas na múmia, foi possível definir o período em que a mulher que foi mumificada morreu. Para os egiptólogos, a moça faleceu em algum momento durante o século 1 a.C., o que dá a ela mais de 2 mil anos de idade.

Além disso, foi possível definir a idade com que a mulher e seu filho morreram. Segundo o estudo, a possível nobre teria falecido mais ou menos aos 20 anos de idade. O feto, por sua vez, tinha entre 26 e 30 semanas de vida.


3. A múmia

Abdômen da múmia com feto / Crédito: Divulgação/Academia de Ciências da Polônia

 

Ainda que tenha sido a primeira múmia de uma grávida a ser descoberta, o próprio corpo mumificado já era impressionante por si só. Os especialistas perceberam que ela tinha sido enrolada em tecidos de alta qualidade, o que também sugere que englobava a alta sociedade da época.

Quando os pesquisadores que estavam em expedição arqueológica encontraram a múmia na cidade de Tebas, também encontraram artefatos valiosos. Eles identificaram amuletos, que provavelmente tinham como objetivo ajudar a mulher a chegar na sua vida após a morte.


4. O estudo

Análise do abdômen da múmia / Crédito: Divulgação/Academia de Ciências da Polônia

 

Como informado, o corpo embalsamado foi encontrado em expedições realizadas em por volta de 1800, mas estudos aprofundados foram realizados na descoberta apenas recentemente, publicados na última semana.

Os pesquisadores realizaram uma combinação entre tomografias computadorizadas e raios-X para investigar o interior da múmia sem perturbá-la, o que poderia danificar os tecidos. O estudo que revelou o feto dentro do corpo foi realizado como parte do Projeto Múmia de Varsóvia.


5. Religião

A identificação da primeira múmia grávida do Egito também permitirá novas avaliações sobre a crença na vida após a morte dos egípcios. Conforme apontado no estudo, geralmente o feto seria embalsamado separado do corpo da mãe, o que não aconteceu nesse caso.

Uma das sugestões dos pesquisadores é que a pouca idade do feto levou os antigos a pensarem que ele não poderia realizar a jornada pós-morte sozinho, especialmente porque ele ainda não tinha nome, aspecto essencial nesse trajeto. Por esse motivo, ele teria sido mumificado junto à mãe.


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