Divulgado em 2015, um curioso estudo colocou em xeque tudo que se sabia sobre o suposto local de descanso do monarca. Entenda!
Redação Publicado em 19/12/2021, às 09h00
A Abadia de Glastonbury, na Inglaterra, foi um grande centro de peregrinação na Idade Média. As pessoas vinham de toda a Europa para conhecer a tumba do famoso rei Arthur, cantado em verso e prosa pelos trovadores de todo o continente. E também a suposta igreja mais antiga da Grã-Bretanha, fundada por ninguém menos que José de Arimateia — aquele que teria colhido o sangue de Jesus na cruz com o Santo Graal.
Foi tudo uma grande armação dos monges. Um estudo de quatro anos, revisando escavações e documentos antigos, da Universidade de Reading e repercutido em 2015, revelou que a suposta tumba continha apenas pedras, que a lápide foi forjada e que toda a arquitetura da igreja — reconstruída após um incêndio em 1184 — foi planejada para fazê-la parecer mais antiga do que era. A razão foi o próprio incêndio.
Os monges precisavam de dinheiro para cobrir o prejuízo e conseguiram-no criando uma armadilha para turistas. O rei Arthur havia conquistado a imaginação popular décadas antes, em 1136, com a publicação de 'Historia Regum Britanniae', de Geoffrey de Monmouth. Era um relato altamente fantasioso da História da Inglaterra, que introduziu o mago Merlin e seu arquirrival Mordred, lançando as bases da história que receberia inúmeras modificações de outros autores medievais.
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