Príncipe Philip e a rainha Elizabeth II, em junho de 1953 - Wikimedia Commons
Personagem

De parentes nazistas a morte da princesa Diana: 5 polêmicas de Philip, marido de Elizabeth II

Após o casamento real, o nome do príncipe passou a ser alvo das manchetes controversas em todas as partes do mundo

Daniela Bazi Publicado em 16/10/2020, às 09h00

Philip e Elizabeth se conheceram em 1939, durante uma visita dos Windsor a Real Escola Naval de Dartmouth, onde o jovem príncipe atuava. Após um pedido de Elizabeth, a rainha-mãe, e do Lorde Louis Mountbatten, o marinheiro acompanhou suas primas de terceiro grau, as princesas Elizabeth e Margaret durante toda sua permanência.

A futura monarca, de apenas 13 anos na época, e o príncipe, de 18, acabaram se apaixonando e começaram a trocar correspondências. Ele pediu sua mão em casamento em 1946. A cerimônia que oficializou a união do casal real, ocorreu em 20 de novembro de 1947. No momento em que o evento foi marcado, o mundo estava diante de uma das primeiras polêmicas envolvendo o príncipe Philip.

Conheça 5 polêmicas envolvendo o marido da rainha Elizabeth II.

1. Parentes nazistas

Como o Reino Unido estava em uma época pós-guerra, a relação do noivo com seus parentes de origem alemã passou a ser alvo de grandes críticas. Uma de suas irmãs, a princesa Cecília, morta em um acidente de avião em 1937, havia se filiado ao Partido Nazista junto de seu marido no mesmo ano.

Cecília junto ao esposo e os dois filhos mais velhos / Crédito: Domínio Público

 

Suas outras três irmãs vivas na época do casamento – Teodora, Sofia e Margaret – acabaram sendo proibidas de irem a cerimônia do próprio irmão. Isso porque todas eram casadas com príncipes de origem germânica em que alguns ainda tinham ligações com os nazistas.


2. Mudança de nome na família real

Com a morte do rei George VI e a ascensão de Elizabeth II, o novo questionamento da monarquia britânica era se a família real deixaria de ser Windsor e se tornaria Mountbatten, devido as regras de casamento da época. O parlamento inglês era extremamente contrario a ideia, principalmente pelas possíveis relações que seriam feitas devido aos parentes nazistas de Philip.

Iniciou-se então uma enorme discussão para decidir qual seria o nome da realeza britânica. Louis Mountbatten, tio do príncipe, defendia fervorosamente a mudança. Porém, o primeiro-ministro Winston Churchill e a rainha-mãe Elizabeth aconselharam a nova monarca de que o nome deveria permanecer o mesmo, e assim foi feito.

Todavia, após a morte de ambos, Elizabeth II emitiu uma Ordem em Conselho relatando que todos os seus descendentes masculinos que não possuíssem os títulos de Alteza Real ou príncipe teriam o sobrenome de Windsor-Mountbatten.


3. A morte de Lady Di

Em 1997, a morte da princesa Diana em um acidente de carro na França chocou o mundo. Acompanhada de seu namorado, o empresário egípcio Dodi Al-Fayed, um motorista e um guarda costas, ela fugia de um time de paparazzi que os perseguia desde o hotel onde estavam hospedados.

Veículo após o acidente / Crédito: Divulgação

 

Mohamed Al-Fayed, pai de Dodi, chegou a insinuar de que o acidente teria sido planejado pelo serviço secreto britânico com o aval do príncipe Philip. De acordo com o The Telegraph, o pai do empresário chamou o marido de Elizabeth II de nazista durante o julgamento ao afirmar que o acidente teria sido planejado numa conspiração da família real britânica. A teoria acabou sendo descartada pela corte que julgou a tragédia.


4. Falas xenofóbicas

Philip nasceu na Grécia e têm ascendências dinamarquesas e alemãs, no entanto, também é um grande patriota britânico e sempre buscou exaltar e servir a nação. Mesmo não sendo realmente inglês, o marido de Elizabeth já deu inúmeras declarações que causaram controvérsia. 

Certa vez, o príncipe consorte afirmou que todo estrangeiro seria estranho e, provavelmente, inferiores aos britânicos. Em outras ocasiões, também teria afirmado que os escoceses seriam bêbados e que as pessoas de Nova Guiné seriam canibais. Também chegou a descrever todos os caribenhos com "piratas". 


5. “Não me admira que sejam surdos”

Em 1999, Philip fez uma visita a Associação Britânica de Surdos, em Cardiff, no País de Gales, e acabou fazendo um comentário nada agradável com as crianças presentes no evento, que acabou gerando grande polêmica no Reino Unido.

Na ocasião, o grupo de jovens estava perto de uma banda de origem caribenha quando o príncipe disse "Vocês estão tão perto da música que não me admira que sejam surdos".


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