Meio século depois de ter sido inundada para a construção de uma usina elétrica, a cidade permanece intacta no fundo do Lago Qiandao
Isabela Barreiros Publicado em 24/01/2020, às 08h00
Conhecida como Lion City (Cidade do Leão, em tradução livre), a cidade já foi Shi Cheng, um importante centro político e econômico da província de Zhejiang, na China. Na verdade, ela poderia ser mais bem designada como Atlantis chinesa, devido às semelhanças entre esta e a lendária ilha submersa.
O local foi construído no século 1, durante a Dinastia Han Oriental. No entanto, em 1959, o governo chinês tomou a decisão de construir uma nova usina hidrelétrica para a região. Para consegui-la, assim, criou um lago artificial entre a Montanha dos Cinco Leões, inundando Lion City sob 40 metros de água. Surge, assim, uma das maiores cidades submersas do mundo.
Ela ficou esquecida por pelo menos 50 anos em baixo do Lago Qiandao. Foi apenas em 2002 que arqueólogos encontraram os primeiros resquícios da Atlântida chinesa, ao utilizarem o equipamento de sonar para investigar o que havia sido inundado para a criação da lagoa.
No entanto, somente em 2014 a cidade foi totalmente descoberta. Assim que perceberam o tesouro que haviam encontrado, as autoridades chinesas assumiram o papel de anuncia-la ao mundo. “Tivemos sorte. Assim que mergulhamos no lago, encontramos a parede externa da cidade e até pegamos um tijolo para provar isso”, disse Qiu Feng, responsável pelo turismo da região.
O mais extraordinário de tudo isso é, por mais que ela tenha sido alagada e abandonada pelo governo, Lion City permanece praticamente intacta, mais de meio século depois.
Os grandes templos chineses, arcos memoriais, as residências das pessoas que moravam ali e até mesmo ruas pavimentadas podem ser observadas 40 metros abaixo do nível do mar. Ela chegou a receber a marca de “cápsula do tempo” pelos pesquisadores que atuaram em sua descoberta exatamente por essas características.
Em 2017, a cidade passou a ser vista como um potencial ponto turístico para a região. O local foi aberto para que pessoas pudessem realizar mergulhos e explorar as maravilhas intocadas submersas. Podendo observar a arquitetura bem preservada do local, Lion City transformou-se em um museu aquático.
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