Sucesso na Netflix, a série A Imperatriz se baseia na história real de Elisabeth da Áustria, conhecida mundialmente como Sissi
Thiago Lincolins Publicado em 26/11/2024, às 12h00
Após o sucesso da primeira temporada, a Netflix disponibilizou aos seus assinantes a aguardada continuação da série "A Imperatriz", que estreou na plataforma na semana passada. Estrelada por Devrim Lingnau, a produção se inspira na trajetória da figura histórica de Elisabeth "Sissi" von Wittelsbach, que se tornou imperatriz da Áustria.
A narrativa da série concentra-se nos anos de juventude de Sissi e no seu romance com o imperador Franz Joseph I. Embora ancorada em eventos históricos, a produção oferece uma abordagem dramatizada, sem seguir os fatos sobre a nobre.
Nascida em 1837, Elisabeth von Wittelsbach, popularmente conhecida como Sissi, era filha de um duque da Baviera, região que hoje pertence ao sul da Alemanha. Em 1854, aos 16 anos, se tornou esposa de Francisco José I, Imperador da Áustria.
A união, arranjada, foi marcada por contrastes: enquanto o imperador era dedicado ao dever e à tradição, Sissi ansiava por liberdade e se sentia sufocada pelas rígidas convenções da corte vienense. O casamento trouxe-lhe não apenas títulos grandiosos, mas também uma vida pública sem privacidade.
A personalidade livre da nobre, contrastava com as obrigações cerimoniais que detestava. Ela frequentemente escapava da corte para viagens prolongadas e desenvolveu uma relação conturbada com sua imagem pessoal, marcada por distúrbios alimentares e psicológicos.
O casal teve quatro filhos e Elisabeth se destacou por sua notável beleza. Paulo Rezzutti, autor do livro "Sissi e o Último Brilho de uma Dinastia", explicou à AH que Sissi se tornou "uma celebridade mundial, cujas atitudes eram acompanhadas pela imprensa, não muito diferente do que aconteceu mais de um século depois com a princesa Diana"
Em entrevista ao Usa Today no ano passado, a jornalista Hadley Meares também comparou a trajetória de Sissi com a ex-esposa do agora rei Charles III.
Assim com Diana, Elisabeth teve dificuldades em se acostumar com as regras da realeza, não recebeu o apoio necessário e, infelizmente, também sofreu com o transtorno alimentar.
Existem "enormes paralelos entre Sisi e a Princesa Diana", explicou Meares ao veículo. "Ambas eram essas noivas (jovens): muito chateadas no dia do casamento e muito inseguras sobre seus papéis. Não receberam o apoio de que precisavam de suas várias famílias reais, e ambas sofriam de formas de alimentação desordenada."
Além disso, assim como a princesa Diana, a imperatriz também se tornou um ícone da moda. "Ela foi uma das primeiras celebridades modernas de verdade", refletiu a jornalista. "Seu cabelo muito longo, sua cintura fina... suas modas eram todas copiadas em livros e revistas para mulheres, e eram todas relatadas de forma ofegante em jornais."
A trajetória de Sissi foi tragicamente interrompida em 1898 durante uma visita à Genebra, na Suíça. Aos 60 anos, enquanto caminhava para embarcar em uma balsa, foi atacada pelo anarquista italiano Luigi Lucheni. Este desferiu um golpe fatal com uma lima afiada e a imperatriz não resistiu ao ferimento, falecendo pouco tempo depois.
Já a princesa Diana morreu em 1997 durante um trágico acidente de carro em Paris. Na ocasião, seu motorista tentava escapar do assédio de fotógrafos que fariam de tudo para conseguir o melhor clique de Lady Di.
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