O modelo controverso, que até hoje bagunça a estrutura social do país, teve um começo turbulento
Beto Gomes Publicado em 06/03/2020, às 12h00 - Atualizado em 09/04/2021, às 10h30
A divisão da sociedade indiana em castas surgiu da turbulência social e das invasões do subcontinente logo após o declínio de Harappa, uma das cidades da antiga civilização harapeana – também chamada de civilização do Vale do Indo. Foram criadas pelos védicos (ou hindus) na tentativa de instaurar a ordem e de acalmar os ânimos das diferentes lideranças. A ideia deles era instituir territórios culturais das linhagens familiares.
No início, quatro castas foram estabelecidas a partir da observação das aptidões naturais de cada grupo: brâmanes, a classe dos sábios, sacerdotes e professores, incumbidos da orientação espiritual e aconselhamento dos governantes; xátrias, a casta guerreira, encarregada de manter a ordem política e garantir a proteção social; vaixás, composta de comerciantes, artesãos e grandes proprietários de terras, responsáveis pela economia da sociedade; e sudras, ou trabalhadores braçais, que deveriam seguir os desígnios das outras três classes.
De acordo com a teoria da invasão indo-ariana, essas eram as castas dos harapianos depois que foram assimilados pelos védicos. Com o passar dos anos, multiplicaram-se e, hoje, estima-se que haja mais de 2 mil castas. Surgiram, por exemplo, os párias, cujo grau mais baixo é o dos chantalas – ou intocáveis, pessoas sem função social, como mendigos e andarilhos.
O sistema das castas durou com relativa organização até o século 17, quando elas foram declaradas hereditárias. Até então, havia alguma mobilidade e pessoas de uma determinada classe poderiam ascender socialmente. Com a nova medida, a bagunça foi geral.
Chegou a tal ponto que, no século 19, o guru hindu Sri Ramakrishna declarou o fim das estratificações. Oficialmente, porém, a estranha divisão da sociedade perdurou até 1960, quando as castas foram finalmente banidas por lei. Mas, na prática, a história é diferente. Até hoje são mantidas vivas pelo preconceito e por iniciativas do governo indiano, que cria empregos, por exemplo, apenas para castas menos privilegiadas.
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