Dos Estados Unidos ao Haiti, são líderes notórios que guiaram nações e exércitos para um novo capítulo na história da política
Redação Publicado em 17/06/2009, às 07h36 - Atualizado em 13/06/2021, às 11h00
Aos 47 anos, Barack Hussein Obama entrou para a história ao ser eleito presidente dos Estados Unidos. Naquela noite de 4 de novembro de 2008, ele começou a escrever um novo capítulo nos livros do país, da política norte-americana e de todo o mundo.
Antes de ele chegar lá, entretanto, diversos outros homens e mulheres africanos e afrodescendentes lutaram para garantir seu espaço em suas respectivas comunidades. Conheça alguns que alcançaram postos que, antes, eram exclusivos dos brancos.
Diante de um Egito decadente, o imperador da Núbia (atual Sudão) decide colocar ordem no país vizinho. Piye ocupa a capital, Tebas, e inicia um governo de 35 anos, que dá origem à chamada dinastia dos faraós negros. Ao morrer, o imperador é enterrado em uma pirâmide, junto com quatro de seus cavalos favoritos.
Nascido escravo em Granada, participa da luta do Haiti contra as tropas francesas, em 1791, e assume a presidência do país, em 1807. Em 1811, proclama a si mesmo imperador. Durante seus nove anos de reinado, Henrique cria uma nobreza haitiana, com 47 títulos.
Ao assumir a chefia sobre a tribo zulu, transforma a etnia em um império. Para isso, conquista diversas tribos, em uma campanha que inspira comparações com Alexandre, o Grande. No momento em que foi assassinado, Shaka (1778-1828) governava cerca de 250 mil pessoas.
A ex-cativa (1820-1913) é a primeira mulher a liderar tropas americanas. Durante a Guerra Civil, ela comanda uma ação militar de resgate e consegue libertar 750 escravos das mãos da Confederação. A operação lhe rende o apelido de "Moisés dos negros".
O ativista (1863-1932) é o primeiro prefeito negro eleito na Inglaterra. Após seu mandato na cidade de Battersea, marcado por acusações racistas divulgadas pelo partido de oposição, passaria a vida militando contra o preconceito.
O líder político (1909-1972) é um dos maiores responsáveis pela independência de Gana, alcançada em 1957. Depois, torna-se premiê e presidente do país. Em 2000, é eleito pelos ouvintes da rádio BBC o homem africano do milênio.
Nascido em Gana, termina os estudos nos Estados Unidos. Começa a trabalhar na Organização das Nações Unidas em 1962. Em 1997, entra para a História como o primeiro secretário-geral negro da entidade, cargo que deixa em 2007.
Nunca antes um afro-americano tinha dirigido um grande banco de Wall Street. O’Neal assume o Merril Lynch e só se afasta em 2007, após a empresa perder mais de 8 bilhões de dólares em créditos.
O democrata vence as prévias contra a senadora Hillary Clinton. Nas eleições de novembro, conquista o posto de 44º presidente do país. Nascido no Havaí, Barack Obama é filho de um economista queniano. Sua esposa, Michelle, é tataraneta de um escravo da Carolina do Sul.
A eleição norte-americana nas primeiras páginas
No dia 5 de novembro, os americanos fizeram filas nas bancas de revistas. Todos queriam os jornais com o resultado das eleições para presidente. Alguns periódicos reimprimiram 5 vezes a mesma edição. Sinal de que os leitores perceberam que, naquele dia, os jornais tinham História pura impressa nas primeiras páginas.
Por Caio do Valle
Em 1847, Joseph Jenkins Roberts (1809-1876) tornou-se o primeiro norte-americano afro-descendente a assumir a presidência de um país. A diferença entre ele e Barack Obama é que Roberts governou uma nação estrangeira, a Libéria.
Nascido em Norfolk, na Virgínia, ele era filho de uma ex-escrava libertada. Em 1829, a família se mudou para a Libéria, pequena colônia sustentada por políticos e religiosos brancos que bancavam a transferência de negros interessados em deixar os EUA.
Com apenas 24 anos, Roberts já era xerife. Aos 32, ele se tornou o primeiro gestor não-branco do local. Em 1846, convocou um referendo para aprovar a independência da Libéria. Em outubro de 1847, foi eleito o primeiro governante do novo país.
Sua gestão foi marcada pelo reconhecimento junto à comunidade internacional — em 1848, ele causou impacto na Inglaterra ao visitar a rainha Vitória. Mas, apesar do sucesso no exterior, no plano interno o presidente não conseguiu aproximar os colonizadores estrangeiros das etnias nativas. "Roberts foi um administrador hábil, mas não criou um ideal de nacionalidade para a região", afirma o historiador norte-americano Eric Burin.
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