Uma das principais capitais turísticas da América do Sul, a cidade é repleta de construções centenárias que remetem ao seu passado
Redação Publicado em 08/08/2021, às 10h00 - Atualizado em 09/08/2021, às 12h18
Em contraste com outras metrópoles latino-americanas, a capital argentina não sofreu tanto com o rolo compressor do modernismo. Ela conserva grande parte de sua memória histórica — inclusive o metrô e seus murais nas estações, datados de 1919, o mais antigo sistema da América Latina.
Combinado ao tango, à gastronomia e à vida moderna e cosmopolita, o conjunto compõe o apelo de uma das capitais turísticas do continente, recebendo mais de 2,5 milhões de visitantes por ano — quase o mesmo que a campeã, o Rio de Janeiro.
Para quem não quer se perder nas atrações históricas de Buenos Aires, a primeira coisa a entender é o que há de tão importante com mayo. Explicamos: em 18 de maio de 1810, os argentinos receberam a notícia que a Suprema Junta do governo espanhol havia sido dissolvida pelos franceses.
A junta era o governo de resistência à invasão francesa, formada em 1808, quando Napoleão colocou o próprio irmão, José Bonaparte, no trono da Espanha. O cabildo — o conselho da cidade — decidiu então que os argentinos formariam sua própria junta e governariam a si mesmos. A junta pôs-se em guerra com os vizinhos monarquistas.
Com o herói de guerra José de San Martin, a revolução levaria à independência não só da Argentina, como do Paraguai, Peru e Chile. Com Simon Bolívar, que atuou ao norte, San Martin é o grande libertador da América do Sul. A revolução argentina, assim, vai muito além do patriotismo local.
A sede do conselho administrativo colonial — o cabildo — da cidade surgiu em 1612 como um prédio de adobe (barro). Foi lá que, em 22 de maio de 1810, os argentinos decidiram pela revolução. E também onde, em 1821, consideraram-na concluída, voltando à normalidade. O museu aborda tudo sobre o movimento, mas o prédio é a atração principal.
A igreja data de 1580, mas a versão atual começou a surgir em 1752. A construção neoclássica foi inspirada no Palais Bourbon de Paris. O altar é dominado pela escultura do Cristo de Buenos Aires, obra do português Manuel do Coyto, de 1671. Dentro da igreja também fica o mausoléu do herói continental José de San Martin.
Espécie de Père Lachaise portenho, abriga os ricamente decorados mausoléus de presidentes e outras grandes figuras argentinas, notavelmente Evita Perón — cujo corpo, confiscado pela junta militar dos anos 1950, passou anos perdido pela Europa antes de encontrar seu repouso final.
Construído em 1910 para celebrar a independência, o parque acabou abrigando diversas instituições científicas do país, como os institutos Louis Pasteur e Marie Curie. E o ainda existente Museu Bernardino Rivadavia de História Natural, com diversos fósseis da rica fauna pré-histórica do país.
No final do século 19, quando sucessivas epidemias levaram à reformulação do abastecimento de água da capital, os argentinos decidiram fazer isso com estilo. Ninguém imagina vendo de fora, mas o palácio é provavelmente a estação de águas mais bonita do planeta. E continua operando.
Considerado o sítio arqueológico mais importante de Buenos Aires, as galerias subterrâneas foram descobertas em 1985, sob uma mansão arruinada do século 19. O museu permite ver não só as galerias, como objetos acumulados por quatro séculos de História argentina.
Considerado pela National Geographic como a terceira melhor casa de ópera do mundo, o prédio atual é de 1908. A dois quarteirões dali, no meio da Avenida 9 de Julio, fica o mausoléu do presidente Juan Perón, figura central da História do país no século 20.
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