Em 1876, o ele partiu do Rio de Janeiro ao lado da imperatriz; a viagem foi marcada pela humildade
Redação Publicado em 17/01/2021, às 10h00 - Atualizado em 22/07/2022, às 20h00
D. Pedro II, o último imperador do Brasil, é uma das figuras mais notáveis da história da monarquia no país.
Sua vida chama a atenção dos brasileiros com a estreia de 'Nos Tempos do Imperador', novela exibida pela Rede Globo que mistura fato e ficção ao reproduzir a vida do último imperador do Brasil.
Conhecido internacionalmente como "o Magnânimo", ele realizou uma viagem para os Estados Unidos no ano de 1876. Ainda que não se tratasse de uma visita oficial, sua presença na América do Norte representou um grande evento na época.
Pensando nisso, separamos 5 curiosidades sobre o período em que D. Pedro II esteve em solo americano.
Conforme o diário de Pedro, no qual ele anotou todos os eventos que ocorreram durante a viagem, o Imperador e sua esposa, D. Teresa Cristina, partiram no dia 26 de março do Rio de Janeiro junto à sua comitiva.
Conforme relatado pelo site da Biblioteca Nacional, eles chegaram a Nova York no dia 15 do mês seguinte e, dois dias depois, foram em direção a São Francisco, na Califórnia, onde chegaram no dia 25.
Em maio, voltaram à Costa Leste e passaram por diferentes estados. Por fim, o casal visitou Nova Orleans, na Luisiana, em 24 de maio antes de seguir para o Canadá.
Enquanto esteve em Nova York, Pedro ficou hospedado no Buckingham Hotel, de onde saía todos os dias às 6h da manhã para visitar diversos locais da cidade, às vezes sozinho e em outras ocasiões acompanhado por membros de sua comitiva.
Ele chegou a visitar o Central Park, um dos cartões postais da cidade, além de igrejas, museus, bibliotecas e escolas. Também fora documentado que o político chegou a marcar presença em teatros.
Ainda em Nova York, Pedro e Teresa Cristina participaram de vários eventos culturais e científicos para os quais foram convidados. O mais importante deles ocorreu na American Geographical Society (Sociedade Geográfica Americana), no dia 10 de julho. Na ocasião, o Imperador foi muito aclamado e nomeado membro honorário da Academia.
O imperador também foi convidado pelo então presidente dos EUA, Ulysses Grant, para garantir presença no evento de abertura da Exposição Universal da Filadélfia (Centennial Exhibition), que ocorreria no dia 10 de maio.
Tratava-se de uma celebração em comemoração aos anos da independência do país. Pedro ainda retornou ao local por diversas vezes até o mês de julho para conhecê-lo melhor.
Dom Pedro II foi o primeiro líder brasileiro a viajar para os Estados Unidos. Sua simpatia e simplicidade conquistaram muitas pessoas, tanto que muitos americanos resolveram votar no monarca para presidente dos EUA na eleição seguinte. Oi?
Bom, segundo o livro Dom Pedro the Magnanimous, Second Emperor of Brazil, da autoria de Mary Wilhelmine Williams, na época do ocorrido, um admirador da monarquia escreveu uma mensagem em tom de humor ao jornal The New York Herald.
"De nossa parte, nomeamos Dom Pedro e Charles Francis Adams (descendente de um dos “pais fundadores” dos EUA, John Adams) para nossa chapa do Centenário para presidente e vice-presidente. Estamos cansados de pessoas comuns e temos a disposição de seguir em frente com estilo", disse o homem.
No entanto, de acordo com o jornalista Sebastião Salgano, a história não ficou apenas na brincadeira. Segundo ele, o Imperador teria realmente recebido milhares de votos na eleição, a grande maioria na Filadélfia, onde ganhou mais apoio dos americanos.
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