Papa Francisco foi há 12 dias em um hospital de Roma; é a mais longa hospitalização do pontífice desde sua eleição, em 2013
O Vaticano informou nesta terça-feira, 25, que o Papa Francisco, de 88 anos, internado há 12 dias em um hospital de Roma devido a uma pneumonia bilateral, teve uma noite tranquila e "descansou bem". Esta é a mais longa hospitalização do pontífice desde sua eleição em 2013.
O comunicado oficial não trouxe informações detalhadas sobre o prognóstico do papa, que foi admitido no dia 14 de fevereiro com dificuldades respiratórias e bronquite, condições que evoluíram para a pneumonia.
Na segunda-feira, a Santa Sé apresentou uma atualização mais encorajadora sobre a saúde do líder da Igreja Católica, mencionando que houve uma "leve melhora" no quadro clínico do pontífice.
O comunicado indicou que, apesar de sua condição continuar crítica, não ocorreram episódios de crise respiratória asmática e alguns exames laboratoriais mostraram progresso.
A "insuficiência renal leve" identificada no domingo foi considerada "não preocupante" pelas autoridades médicas. Uma fonte próxima ao Vaticano revelou que o papa está conseguindo se levantar, comer normalmente e se encontra em bom estado de ânimo, sem relatar dor.
No entanto, a situação do Santo Padre se complicou no último sábado com um "ataque asmático prolongado", que exigiu o uso de oxigênio de alto fluxo, além de problemas hematológicos que demandaram transfusão de sangue. Apesar disso, a Santa Sé ressaltou que não houve novos ataques respiratórios desde então.
Embora as notícias sejam encorajadoras, o médico pessoal do papa, Luigi Carbone, alertou que ele continua sendo um "paciente frágil". A equipe médica responsável pelo tratamento esclareceu que o impacto dos medicamentos pode levar tempo para ser observado.
O Vaticano também reafirmou a complexidade do quadro clínico do pontífice e optou por não fazer previsões sobre sua recuperação. O papa Francisco permanece hospedado em uma suíte papal no décimo andar do hospital e continua suas atividades habituais sempre que possível; ele conseguiu se mover da cama para uma cadeira para receber a eucaristia.
Massimo Andreoni, diretor científico da Sociedade Italiana de Doenças Infecciosas e Tropicais, comentou à imprensa que a terapia antibiótica está mostrando resultados positivos.
“A terapia antibiótica está funcionando. As poucas informações que temos indicam que há uma recuperação e que as coisas estão indo no caminho correto”, explicou ao jornal La Stampa.