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Notícias / Massacre de Columbine

Sobrevivente de Columbine morre 26 anos após o massacre

Anne Marie Hochhalter tinha apenas 17 anos quando foi alvejada nas costas e no peito por tiros de uma pistola semiautomática; que a deixaram paralítica

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 19/02/2025, às 13h40

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Anne Marie Hochhalter, sobrevivente de Columbine - Getty Imagens
Anne Marie Hochhalter, sobrevivente de Columbine - Getty Imagens

Quase três décadas depois do Massacre de Columbine, a sobrevivente Anne Marie Hochhalter, de 44 anos, morreu no último domingo, 16, pelo que foi descrito como causas naturais. 

Ex-aluna do ensino médio de Columbine, Hochhalter passou os 26 anos seguintes lutando contra as complicações de seus ferimentos sofridos no ataque ocorrido em 20 de abril de 1999. 

Segundo o ex-diretor de Columbine, Frank De Angelis, Anne Marie se tornou "um pilar de força para... muitos", repercute o Denver Gazette do Colorado. Frank ainda destacou que a sobrevivente cultivou o amor por cães e música, apesar de ter vivido em uma cadeira de rodas após o episódio. 

Ela foi uma inspiração e um exemplo de nunca desistir", acrescentou ele na declaração.

A sobrevivente

Anne Marie Hochhalter tinha apenas 17 anos quando ocorreu o Massacre de Columbine. Na ocasião, ela almoçava na cafeteria quando foi alvejada nas costas e no peito por tiros de uma pistola semiautomática. Entre as 20 pessoas que ficaram feridas durante o ataque, ela foi a que ficou em pior estado. 

O atentado culminou com a morte de 12 estudantes e um professor. Além disso, os dois atiradores, que também eram alunos do local, cometeram suicídio no colégio. Columbine se tornou um dos tiroteios mais marcantes da história americana. 

Hochhalter sobreviveu ao ataque, mas apesar das cirurgias, os ferimentos a deixaram paralisada. O The Guardian recorda, porém, que este não foi o único evento traumático que ela enfrentou naquele ano. Afinal, seis meses depois, sua mãe, Carla Hochhalter, entrou em uma loja de penhores local, pediu para ver uma arma e a usou para tirar a própria vida.

Anne Marie viveu de independente em uma casa acessível para deficientes, espalhando seu amor entre seus cães e amigos. "Ela nunca quis ser chamada de vítima", disse a amiga íntima de Anne Marie Hochhalter, Sue Townsend — cuja enteada, Lauren Townsend, foi morta em Columbine — ao Denver Gazette. "Ela se considerava uma sobrevivente".

Townsend relatou acreditar que Hochhalter morreu por complicações associadas a doenças médicas decorrentes de seus ferimentos no tiroteio de Columbine — embora ela nunca tenha deixado de viver a vida intensamente. 

Anne Marie também demonstrou solidariedade com a mãe de um dos atiradores, que em 2016 publicou um livro sobre Columbine. "Tem sido uma estrada difícil para mim, com muitos problemas médicos por causa da minha lesão na medula espinhal e dor intensa nos nervos, mas eu escolho não ser amarga com você", escreveu para Sue Klebold

"Uma boa amiga uma vez me disse: 'Amargura é como engolir uma pílula de veneno e esperar que a outra pessoa morra.' Isso só prejudica você. Eu a perdoei e desejo o melhor".