Novo estudo lançou uma teoria curiosa com o intuito de explicar a origem da vida na Terra; confira detalhes
A origem da vida na Terra sempre foi um mistério, com diversas teorias competindo para explicar como a vida surgiu a partir da matéria inanimada.
Uma nova pesquisa da Universidade de Stanford propõe uma ideia radical: ondas e cachoeiras podem ter iniciado o processo, gerando "microrelâmpagos" em névoas de água.
Em experimentos, os químicos descobriram que microgotículas em jatos finos de água geram faíscas minúsculas, os microrelâmpagos. Quando cercadas pela mistura certa de gases, essas faíscas alimentam reações químicas que sintetizam moléculas essenciais para a vida.
"Esta é uma contribuição real para entender como você pode ir da não-vida para a vida", disse o Prof. Richard Zare, líder da equipe de pesquisa, em comunicado da Science Advances. "Você tem jatos de água por todo lugar, particularmente ao redor de pedras, e há fendas nas pedras onde esses produtos químicos podem se acumular."
A nova teoria encontra outras hipóteses sobre a origem da vida, como a de Charles Darwin, que propôs um "pequeno lago quente", e a teoria das fontes submarinas quentes, que expelem fluidos ricos em minerais. Cometas e raios também são considerados possíveis catalisadores para o surgimento da vida.
Segundo o 'The Guardian', a equipe de Zare descobriu que as gotículas de água carregam cargas opostas e, quando se juntam, pequenas faíscas saltam entre elas. Embora o efeito seja fraco, carrega energia suficiente para impulsionar reações químicas.
Em seus experimentos, os pesquisadores pulverizaram água em uma mistura de nitrogênio, metano, dióxido de carbono e amônia, resultando na formação de moléculas-chave como cianeto de hidrogênio, glicina e uracila.
"Propomos que este seja um novo mecanismo para a síntese prebiótica de moléculas que constituem os blocos de construção da vida", disse Zare no comunicado.