Descobertas lançam luz sobre práticas religiosas, redes comerciais, e conquistas culturais do Império Assírio; saiba mais!
Escavações recentes em Nimrud, antiga capital do Império Neoassírio, revelaram descobertas fascinantes como parte do Projeto Penn Nimrud. Sob o Programa de Estabilização do Patrimônio do Iraque (IHSP), o projeto busca preservar e restaurar a herança cultural danificada durante as ações do ISIS entre 2014 e 2017.
O esforço arqueológico, liderado pelo Museu Penn e arqueólogos iraquianos, concentra-se no Templo de Ninurta e seu Zigurate, devastados durante os conflitos. Essas estruturas foram fundamentais na antiga cidade de Nimrud, conhecida em textos assírios como Kalhu e mencionada na Bíblia como Calah.
O templo, dedicado ao deus Ninurta, simboliza a importância religiosa e cultural do período. Durante as escavações, a equipe descobriu artefatos preservados pelo colapso do templo, incluindo madeira de cedro do Líbano, usada na construção. As inscrições do reinado do Rei Ashurnasirpal II (883–859 a.C.) confirmam o uso desse material.
As descobertas lançam luz sobre práticas religiosas, redes comerciais, e conquistas culturais do Império Assírio. Ninurta, deus da guerra e da agricultura, desempenhava um papel central na religião do estado. O local reflete a influência do império na formação das primeiras civilizações e ilustra sua riqueza e poder militar.
Com a restauração em andamento, há planos de abrir Nimrud ao turismo, transformando-o em um marco histórico e símbolo de resiliência cultural.
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