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Notícias / Maradona

Meses antes de morrer Maradona foi mantido como sequestrado, diz ex

Em depoimento em tribunal, ex-companheira de Maradona criticou duramente pessoas próximas ao ex-jogador por tratamento inadequado

por Giovanna Gomes
ggomes@caras.com.br

Publicado em 09/04/2025, às 07h32

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O ex-jogador, Diego Maradona - Getty Images
O ex-jogador, Diego Maradona - Getty Images

Durante o julgamento de sete profissionais de saúde acusados de negligência na morte de Diego Maradona, Verónica Ojeda, ex-companheira do ídolo argentino, afirmou que pessoas do entorno dele o "sequestraram" meses antes do falecimento. Maradona morreu em 25 de novembro de 2020, vítima de um edema pulmonar causado por insuficiência cardíaca, enquanto estava internado em casa após uma neurocirurgia.

Os réus — médicos, enfermeiros, um psicólogo e uma psiquiatra — respondem por homicídio simples com dolo eventual, acusação baseada na alegação de que eles tinham consciência de que suas ações poderiam levar à morte do paciente. Uma oitava acusada, enfermeira, será julgada separadamente.

"Eu sabia que estavam sequestrando ele, tinha medo de tudo. Aliás, toda vez que eu saía, ele me pedia para que eu o levasse" relatou Ojeda, mãe de Diego Fernando, filho mais novo de Maradona, ao lembrar das visitas que fez ao ex-companheiro em 2020, antes da internação para a cirurgia. As informações são da AFP.

Em depoimento emocionado no tribunal de San Isidro, ao norte de Buenos Aires, Ojeda criticou duramente pessoas próximas ao ex-jogador, como os assistentes Maximiliano Pomargo e Vanesa Morla, além de Julio Coria, segurança acusado de perjúrio. Nenhum deles, no entanto, responde por homicídio.

Ojeda também mencionou o médico pessoal de Maradona, Luciano Luque, e a psiquiatra Agustina Cosachov, ambos entre os réus, acusando-os de mentir para toda a família.

Segundo Ojeda, os profissionais garantiram que a internação domiciliar contaria com estrutura semelhante à de um hospital. No entanto, outros depoimentos apontam que não havia equipamentos médicos adequados na casa onde o ex-jogador morreu.

Más condições

A mulher contou que viu Maradona pela última vez dois dias antes de sua morte e que o encontrou em más condições:

"Onde Diego estava, havia cheiro de xixi e cocô, então naquele dia eu disse para ele tomar banho e se barbear porque não era certo ele ficar daquele jeito."

Durante o interrogatório, foram exibidas mensagens trocadas entre a psiquiatraCosachov e o psicólogo Carlos Díaz, também réu, em que ele desdenhava das queixas da família e se referia a Ojeda com termos ofensivos, perguntando quem ela era para questionar o tratamento.

Em resposta, Ojeda declarou em lágrimas: "Sou a mãe de Dieguito Fernando, Carlos Díaz. Sou a mãe do filho de Diego Maradona. Essa sou eu."