Fóssil de Paranthropus robustus adulto, com apenas 1,03 metros de altura, lança luz sobre a evolução humana e o mistério do nanismo em hominídeos
Uma descoberta recente na África do Sul trouxe à tona um dos menores parentes humanos já encontrados: um Paranthropus robustus adulto, com apenas 1,03 metros de altura, que viveu há cerca de 2 milhões de anos. O fóssil, designado SWT1/HR-2, foi encontrado na caverna de Swartkrans, no famoso Berço da Humanidade, e revela detalhes importantes sobre a aparência e o modo de vida dessa espécie intrigante.
Os pesquisadores descreveram suas descobertas no Journal of Human Evolution.
O P. robustus recém-descoberto era ainda menor que a famosa "Lucy" da Etiópia e os misteriosos "hobbits" da Indonésia. Essa baixa estatura levanta questões sobre os fatores que influenciaram o tamanho dos hominídeos ao longo da evolução.
A análise dos ossos da perna do P. robustus revelou que ele caminhava sobre duas pernas, mas também era capaz de subir em árvores, provavelmente em busca de alimento ou para escapar de predadores. Essa combinação de habilidades terrestres e arbóreas sugere uma adaptação a um ambiente complexo e desafiador.
Marcas de dentes encontradas nos ossos do P. robustus indicam que ele foi vítima de um leopardo. A presa tinha aproximadamente 27,4 quilos, peso que se encaixa no padrão de presas de leopardos que vivem em árvores próximas a cavernas.
Ainda não se sabe ao certo por que o P. robustus era tão pequeno. Os pesquisadores descartaram a hipótese do nanismo insular, um fenômeno que ocorre em espécies isoladas em ilhas. Outras possíveis explicações incluem variações naturais dentro da espécie, diferenças populacionais ou influências ambientais, como nutrição ou restrições de desenvolvimento.
Segundo o 'Live Science', os pesquisadores esperam que novas escavações em Swartkrans revelem mais ossos do mesmo indivíduo, lançando mais luz sobre a vida e a evolução do P. robustus.