John Alfred Tinniswood, reconhecido como o homem mais velho do mundo, faleceu nesta segunda-feira, 25, aos 112 anos, na casa de repouso em Southport
John Alfred Tinniswood, reconhecido como o homem mais velho do mundo, faleceu nesta segunda-feira, 25, aos 112 anos, na casa de repouso em Southport (Inglaterra), onde vivia. Segundo um comunicado da família, seus últimos momentos foram "cercados por música e amor".
John sempre gostava de dizer obrigado. Então, em seu nome, agradecemos a todos que cuidaram dele ao longo dos anos, incluindo os cuidadores do lar Hollies, seus médicos, enfermeiros distritais, terapeuta ocupacional e outros profissionais do NHS”, escreveu a família.
Nascido em Liverpool em 26 de agosto de 1912, Tinniswood se tornou o homem vivo mais velho do mundo em abril de 2024, após a morte de Juan Vicente Pérez Mora, aos 114 anos. Desde 2020, já detinha o título de homem mais velho do Reino Unido.
Veterano da Segunda Guerra Mundial, Tinniswood serviu no Royal Army Pay Corps, lidando com tarefas administrativas e logísticas. Após o conflito, trabalhou como contador para empresas como Royal Mail, Shell e BP, aposentando-se em 1972.
Mesmo após deixar a vida profissional, manteve-se ativo como voluntário na Blundellsands United Reform Church, onde atuou como ancião e pregador.
A paixão pelo Liverpool FC marcou sua trajetória: Tinniswood acompanhou as principais conquistas do clube, vivendo 17 dos 19 títulos da liga e todas as oito vitórias na Taça de Inglaterra.
Viúvo desde 1986, após 44 anos de casamento com Blodwen, que conheceu em um baile em Liverpool, Tinniswood deixa sua filha Susan, quatro netos e três bisnetos. Sua vida foi marcada pela simplicidade e independência; mesmo aos 112 anos, ele administrava suas finanças, acompanhava as notícias no rádio e mantinha sua rotina com autonomia.
Em entrevista em agosto ao Guinness Book, ele contou que “não fazia a menor ideia” do porquê viveu por tanto tempo. Segundo Tinniswood, não há “nenhum segredo especial” em sua longevidade e que, apesar de ter sido "bastante ativo quando jovem”, acreditava que, no fundo, “não era diferente de ninguém”.
Por que vivi tanto tempo, não tenho a mínima ideia. Não consigo pensar em nenhum segredo especial que eu tenha. Eu era bastante ativo quando jovem, caminhava muito... se isso teve algo a ver, não sei. Mas para mim, não sou diferente. Não sou diferente de jeito nenhum”, ressaltou.
Ele também costumava refletir sobre as mudanças do mundo ao longo de sua vida centenária, observando que, apesar de alguns avanços, ainda havia um longo caminho a percorrer.
“O mundo, à sua maneira, está sempre mudando. É uma espécie de experiência contínua. […] Está melhorando um pouco, mas ainda não tanto. Está indo na direção certa", disse ao Guinness.