Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) alerta para risco de nova cepa em granja de frangos no Mississippi, Estados Unidos
A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) divulgou, nesta segunda-feira, 17, a detecção de casos de gripe aviária do tipo H7N9 em uma criação de frangos nos Estados Unidos, um fato que eleva o alerta das autoridades de saúde, já que o país enfrenta um surto da cepa H5N1.
"Detectamos a presença de gripe aviária altamente patogênica (IAHP) H7N9 da linha americana, relacionada com aves silvestres em um lote comercial de reprodutores de frangos de engorda no Mississippi", afirmou a organização em um relatório.
Segundo 'O Globo', a última vez que o vírus H7N9 havia sido detectado nos EUA foi em agosto de 2017.
Diante da confirmação, mais de 47.600 frangos foram sacrificados na granja afetada. As cepas H5N1 e H7N9 são consideradas as principais responsáveis por casos humanos de gripe aviária, o que aumenta a preocupação das autoridades de saúde. A cepa H7N9, em particular, pode causar problemas respiratórios graves em humanos. Entre 2013 e 2021, o vírus H7N9 infectou 1.668 pessoas e causou 616 mortes em todo o mundo.
Os Estados Unidos já enfrentam uma forte presença da cepa H5N1 em animais, incluindo bovinos, com alguns casos de transmissão para humanos, o que eleva o temor de uma futura pandemia. A falta de comunicação das autoridades federais sobre a situação também gera preocupação. No início de janeiro, o país registrou a primeira morte humana relacionada ao vírus H5N1.
A OMSA informou que as autoridades americanas tomaram medidas imediatas para conter a propagação do vírus, incluindo o sacrifício das aves infectadas. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) monitoram a situação e fornecem orientações à população.
A transmissão dos vírus H5N1 e H7N9 para humanos geralmente ocorre por contato direto com animais infectados. Até o momento, não há registros de transmissão entre humanos.