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Notícias / Argentina

Fóssil de girino gigante de aproximadamente 160 milhões de anos é descoberto

Descoberta na Argentina revela detalhes surpreendentes sobre a evolução dos sapos e sua capacidade de adaptação

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 30/10/2024, às 18h30

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Imagem ilustrativa de girinos - Getty Images
Imagem ilustrativa de girinos - Getty Images

Uma equipe de pesquisadores fez uma descoberta que promete revolucionar nossa compreensão sobre a evolução dos anfíbios. Em um sítio fossilífero na Argentina, foi encontrado o fóssil mais antigo e bem preservado de um girino gigante, datado de cerca de 160 milhões de anos.

Essa descoberta, publicada na revista Nature, preenche uma lacuna importante no conhecimento científico sobre o desenvolvimento dos sapos e sua capacidade de sobreviver a grandes eventos de extinção.

O fóssil, com cerca de 16 centímetros de comprimento, apresenta detalhes impressionantes, como partes do crânio, espinha dorsal, olhos e até mesmo restos de brânquias.

Essa preservação excepcional permitiu aos pesquisadores identificar semelhanças surpreendentes entre o girino fóssil e as larvas de sapos atuais.

"Não é apenas o girino mais antigo conhecido, mas também o mais primorosamente preservado", afirma Mariana Chuliver, bióloga da Universidade Maimônides de Buenos Aires, no estudo.

Estratégia dos anfíbios

Segundo o 'The Guardian', a descoberta desse fóssil indica que a estratégia de desenvolvimento dos anfíbios, com uma fase larval aquática e uma fase adulta terrestre, já estava estabelecida há 160 milhões de anos.

Essa estratégia se mostrou extremamente bem-sucedida, permitindo que os anfíbios sobrevivessem a diversas extinções em massa e se diversificassem em uma grande variedade de espécies.

"Esta nova descoberta acrescenta alguma clareza a essa linha do tempo. Está começando a ajudar a diminuir o período em que um sapo se torna um sapo", explica Ben Kligman, paleontólogo do Museu Nacional de História Natural Smithsonian, no estudo.