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Notícias / Arqueologia

Conheça a curiosa história do caixão perdido do homem que nomeou a Austrália

Pequena placa de chumbo que adornava o caixão do explorador britânico Matthew Flinders, perdida em Londres há mais de 200 anos, agora está em exibição

Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 13/01/2025, às 18h40

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Retrato de Matthew Flinders e foto do caixão - Wikimedia Commons e James O Jenkins/HS2 Ltd
Retrato de Matthew Flinders e foto do caixão - Wikimedia Commons e James O Jenkins/HS2 Ltd

A pequena placa de chumbo que adornava o caixão do explorador britânico Matthew Flinders, perdida em Londres por mais de 200 anos, agora está em exibição em Adelaide, na Austrália.

Gravada com a inscrição: "Capitão Matthew Flinders RN, falecido em 19 de julho de 1814, aos 40 anos", a peça revela detalhes da vida do homem que nomeou a Austrália e foi o primeiro europeu a circunavegar o continente.

Flinders faleceu em 1814, aos 40 anos, devido a complicações renais, pouco após publicar seu livro A Voyage to Terra Australis. Ele foi enterrado no cemitério de St. James, em Londres, perto da estação Euston.

Com o tempo, a lápide foi removida, e o local de seu sepultamento foi perdido, gerando rumores de que seus restos mortais estariam sob plataformas de trem da estação.

Em 2019, durante as escavações para a construção da rede ferroviária HS2, arqueólogos encontraram a placa de chumbo preservada em meio aos restos mortais no cemitério. A chefe de patrimônio da HS2, Helen Wass, descreveu o momento ao The Guardian: "Os arqueólogos começaram a revelar as letras C, A e P... Foi incrível."

Retorno ao lar

No ano passado, os restos de Flinders foram reenterrados em sua cidade natal, Donington, Lincolnshire, com uma réplica da placa original de seu caixão. A placa autêntica foi levada à Austrália pela governadora da Austrália do Sul, Frances Adamson, como símbolo do impacto duradouro de Flinders no país.

Entalhe na tampa do caixão de Flinders - James O Jenkins/HS2 Ltd

Matthew Flinders é amplamente homenageado na Austrália, com seu nome dado a instituições como a Flinders University, além de ruas, subúrbios e marcos geográficos, como a Cordilheira Flinders e o Parque Nacional Flinders Chase. A placa agora está sob os cuidados do History Trust of South Australia e será exibida na universidade que leva seu nome.

O curador sênior do History Trust, Tony Kanellos, destacou a importância da exposição: "Colocar esses objetos em exibição ajuda a humanizar Flinders e a refletir sobre sua vida e feitos."

A coleção inclui também uma edição original de Terra Australis, botões de sua jaqueta, um relógio de sol/bússola e uma foto de Bungaree, o homem aborígene que acompanhou Flinders em sua expedição.

Enquanto Flinders descansa em Donington, sua placa de caixão terá uma última parada antes de ser exibida permanentemente no museu marítimo de Port Adelaide.

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