A Maravilha do Mundo Antigo, ligada aos babilônios, pode ser uma memória histórica da obra realizada em Nínive por Sennacheribe
André Nogueira Publicado em 27/09/2019, às 08h00
Considerada uma das 7 Maravilhas do Mundo Antigo, os Jardins Suspensos eram um dos maiores mistérios arquitetônicos da História. Muitos eram os relatos e as citações à enormidade dessa obra.
Há séculos, os grandes Jardins Suspensos são associados ao Império da Babilônia, o qual é historicamente ligado à arte, literatura, sabedoria, horóscopo e astronomia. Em contrapartida, a visão da Assíria, é associada a uma terra de soldados e guerras.
A capital Babil é lembrada pela obra lendária da Torre de Babel. A obra era composta de uma série de mecanismos arquitetônicos, como camadas protetoras para proteger as fundações de barro dos jardins da água dos canais, colunas ocas usadas como vasos gigantes, um jardim zoológico, canais que serviam de super-regador, e mais.
A função principal dos jardins era embelezar a cidade. As pessoas iam até eles para passear e usavam as bancadas e mesas para banquetes ao ar livre. O próprio Nabucodonosor, segundo historiadores, frequentava o local com suas esposas.
A descoberta
Entretanto, nunca foram encontrados vestígios que comprovassem solidamente a existência dos Jardins Suspensos da Babilônia. Entre a realidade e o mito, os Jardins eram um mistério arqueológico. Até que, em 2013, um achado mudou todo o conhecimento da obra lendária.
A importante assirióloga da Universidade de Oxford, Dra. Stephanie Dalley, anunciou que encontrou enterrada a estrutura do que seria um Jardim Suspenso, aos moldes das descrições feitas sobre a Babilônia, mas no sítio de Nínive, atual Mosul, o Iraque, uma das mais importantes capitais do Império Assírio.
Segundo a pesquisadora, os Jardins não seriam obra de Nabucodonosor , como se acreditava antes. Na verdade teria sido uma obra do rei neoassírio Sennacheribe, que governou o reino de 705 a 681 a.C.
Pesquisas recentes afirmam que a figura dos Jardins Suspensos da Babilônia seria uma projeção de memória de tempos posteriores, que tiveram contato com a obra na cidade de Nínive, e construíram a narrativa da grandiosidade da capital babilônica antes de 539 a.C. Mas, hoje, seria mais correto lembrarmos dos Jardins Suspensos de Nínive.
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