Registrada como a entrevista de maior audiência da história da televisão mundial, a apresentadora tocou na ferida do cantor em rede nacional
Wallacy Ferrari Publicado em 02/01/2021, às 10h00
Em 10 de fevereiro de 1993, os Estados Unidos parava para assistir mais uma edição do programa de Oprah Winfrey.
Líder de audiência nas tardes americanas, aquela data teria um convidado especial, anunciado não apenas na programação da emissora, mas amplamente divulgada pela imprensa devido a difícil negociação para ser realizada.
O programa, com edição estendida e transmitido para todo o país ao vivo, seria realizado com Michael Jackson, que havia conseguido uma folga em meio a turnê mundial do álbum Dangerous e topou responder uma série de perguntas — coisa que não fazia há 14 anos — diretamente dos cômodos do rancho Neverland
De acordo com o New York Times na época, cerca de 63 milhões de americanos, que era correspondente a 1 em cada 4 pessoas no país, ficaram sintonizados no programa do início ao fim, se tornando a entrevista mais assistida da história da televisão americana.
Contudo, o clima da conversa oscilou entre o descontraído, com direito a passinhos do cantor, a momentos bem tensos.
Na ferida
Oprah conquistou o público estadunidense durante a década de 1980 sendo genuinamente popular, isto é, indagando questionamentos de interesse cotidiano com uma linguagem simples.
Da mesma forma fez com Jackson, sendo direta sobre uma dúvida que pairava durante a transição para a década de 1990: a mudança de cor em sua pele.
Foi em tal ocasião que o Rei do Pop revelou ter vitiligo, uma doença até então pouco divulgada na mídia e sem nenhum representante.
Posteriormente, a apresentadora ainda perguntou se era verdade o interesse em clarear a pele voluntariamente, sendo negado pelo cantor, que afirmou uniformizar a pele com maquiagem. Ele ainda negou um boato de que queria uma criança negra para interpretá-lo em um comercial da Pepsi.
Sobre sua vida íntima, foi perguntado sobre relacionamentos e se já havia feito sexo: "Isso é algo privado, sobre o qual não se deve falar abertamente. Você pode me chamar de antiquado se quiser, mas para mim isso é muito pessoal”, retrucou o cantor.
Na ocasião, também revelou a dificuldade de reconhecer o pai, Joseph, como alguém próximo, denunciando abusos físicos e psicológicos durante a infância.
Após a entrevista
Diversos assuntos passaram a ser discutidos em noticiários e talk shows a partir da transmissão, desde valores familiares até outras pessoas com a mesma doença de Michael.
Oprah, no entanto, acabou sendo associada, meses depois, as acusações de pedofilia de Michael, visto que a última conversa pública havia sido com a apresentadora.
“Ele é muito simpático lá, e posso dizer que gostei muito, muito dele. Depois desta entrevista, pensei que poderia ser amigo dele”, disse a apresentadora em entrevista em seu portal.
A amizade, no entanto, se restringiu aos bons momentos da entrevista; nos anos seguintes, Oprah — que foi abusada durante a infância — afirmou que acreditava nas acusações de Michael.
O estopim foi em 2018, quando a apresentadora convidou os dois acusadores de pedofilia contra Michael Jackson no documentário “Leaving Neverland”, Wade Robson e James Safechuck, causando a revolta de familiares por permitir a realização de novas acusações sem que Michael possa se defender, visto que havia falecido 9 anos antes.
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