Freddie Mercury em apresentação com o Queen na Hungria - Divulgação/Youtube/VIDEO REMASTER ITA
Música

As últimas palavras de Freddie Mercury para os amigos

Com o HIV em estado avançado, os amigos próximos do vocalista do Queen presenciaram sua partida

Wallacy Ferrari, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 24/11/2021, às 10h28

Na madrugada do dia 24 de novembro de 1991, o mundo se surpreendia com a repentina partida do cantor Freddie Mercury, vocalista do Queen, deixando para trás incontáveis admiradores de seu alcance vocal histórico e de seu carisma inabalável sobre os palcos pelo mundo.

Com 45 anos de idade, a surpresa se deu pelo fato de que, no dia anterior a sua morte, o artista revelou publicamente ser soropositivo ao HIV, já em estado avançado da síndrome da imunodeficiência —mas deixando claro que a notícia buscava conscientizar os fãs pela doença que, na época, totalizava apenas uma década de registros médicos.

Diferente da esfera pública, os amigos mais próximos do cantor já sabiam que a despedida se aproximava; em seus últimos momentos, chegou a amputar parte do pé e ter de ser carregado pelo namorado e assistentes. Mesmo assim, não calou a voz notável, revelando diversos pensamentos e passagens aos companheiros.

No documentário "Freddie Mercury: The Final Act", a investigação sobre seus instantes finais compreendeu que os companheiros de vida e trabalho também estiveram por perto antes de sua morte. Foi o caso de Anita Dobson, esposa do guitarrista do Queen, Brian May.

De acordo com ela, mesmo com a saúde fragilizada e próximo de falecer, Freddie manifestou que só estaria fora do plano carnal quando estivesse impossibilitado de interpretar canções.

Lembro que ele me disse: 'Quando eu não puder cantar mais, querida, então eu vou morrer. Eu vou cair morto’”, afirmou.

Não muito depois, os assistentes pessoais do cantor, Peter Freestone e Joe Fanelli, notaram que ele não respondia a comandos, como informaram ao mesmo documentário.

De acordo com a dupla, a recusa em tomar os remédios e, aos poucos, interrompeu os movimentos corporais, como repercute a Rolling Stone Brasil.

A única coisa que ele tomava era analgésicos. Ele foi partindo lentamente. Um dia o Joe me ligou e o Freddie tinha entrado em coma, nós apenas tentamos confortá-lo. Nós vimos ele se mexer um pouco e enquanto mudávamos sua camisa vimos que seu peito havia parado de se mexer”, disse Freestone.

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