Há 94 anos, a polícia secreta da União Soviética executava o agente secreto. Conheça sua história
Joseane Pereira Publicado em 05/11/2019, às 07h00
Se existe alguém que pode ser considerado um ilustre espião, esse alguém é Sidney Reilly. Usado como modelo para o personagem James Bond, de Ian Fleming, Reilly trabalhou para a Inteligência Britânica e, durante sua vida, se envolveu na espionagem de pelo menos quatro grandes potências diferentes.
PASSADO MISTERIOSO
Até hoje, pesquisadores que se debruçam sobre a história de Reilly não têm informações conclusivas sobre seu passado, devido às várias lendas que o agente contava sobre si mesmo. Nascido em 24 de março de 1873 ou 1874, Reilly pode ter sido filho de um clérigo irlandês, um proprietário de terras aristocrático ou um marinheiro – dependendo das versões identificadas.
Por volta dos 20 anos, o futuro espião, que na época se chamava Sigmund ou Sidney Rosenblum, foi preso pela Polícia Secreta Imperial Russa sob acusação de fazer parte do grupo revolucionário “Amigos do Iluminismo”. Após isso, ele teria fingido sua morte e se escondido em um navio britânico com destino à América do Sul.
Chegando ao Brasil, o jovem adotou o nome de Pedro e trabalhou em diversos empregos. Fazendo amizade com oficiais do exército britânico na Amazônia, ele teria sido recomendado para trabalhar na Inteligência Britânica, mudando-se para Londres em 1896. É lá que, em 1899, ele muda seu nome para Sidney George Reilly.
ATIVIDADES DE ESPIONAGEM
Entre os trabalhos que Reilly executou no Serviço Secreto de Inteligência da Grã-Bretanha, estão a coleta de informações sobre o avanço na extração de petróleo russo, sobre o progresso da ferrovia Transiberiana e sobre o desenvolvimento de navios na Alemanha – esse último, relatado a Londres durante os três anos anteriores à Primeira Guerra Mundial.
Sua trajetória profissional também passou pelo Oriente: em junho de 1899, viajando em São Petersburgo, ele foi abordado pelo general japonês Akashi Motojiro para trabalhar no Serviço de Inteligência Secreta do Japão. Aceitando a proposta, Reilly se tornou agente do Gabinete de Guerra Britânico e do Império Japonês ao mesmo tempo – relatando as descobertas feitas em seu segundo emprego ao governo Britânico.
Em 1918, Reilly teria ido a Moscou com a intenção de derrubar o regime bolchevique, fugindo após o insucesso da empreitada. Voltando para lá em 1925, ele acabou sendo preso e supostamente executado pela OGPU, a polícia secreta da União Soviética, no dia 5 de novembro daquele ano. Se sua execução realmente aconteceu, também não temos certeza.
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