Arquitetado pelo terrorista Gravilo Princip,o episódio resultou num conflito mundial com grandes consequências
André Nogueira Publicado em 28/09/2020, às 10h57
Isabel da Bavária, que foi rainha da Áustria, teve apenas um filho: Rodolfo, um rapaz progressista igual à mãe, porém sem jeito algum para a vida política. O herdeiro detestava a vida na corte e casou-se contra a vontade para que tivesse uma consorte e se tornasse rei. O matrimônio por obrigação levou Rodolfo à depressão e ao alcoolismo. Uma vida trágica.
Então, já com a vida destruída pelo vício, Rodolfo adotou uma filha, mas também a colocou numa situação trágica: em 1889, ele tirou a própria vida e a da criança num estande de caça, para fugir da realidade onde era frustrado pelas obrigações palacianas. Assim morreu o único filho homem de Isabel.
Com uma ideologia diferente do que se espalhava na corte de Viena, Rodolfo teria um mandato oposto do que se seguiu na Áustria-Hungria. Suas relações de isolamento com a Prússia de Wilhelm II, essencialmente conservadora, afastaria a Alemanha durante a Primeira Guerra.
Além disso, Rodolfo seria herdeiro do trono austro-húngaro em 1914, o que poderia ter mudado os rumos da história: se o arquiduque Francisco Ferdinando não fosse o próximo a assumir o trono, existia a possibilidade do Atentado de Sarajevo não ter acontecido, ou atingiria outro aristocrata. Seria exagerado afirmar que a Primeira Guerra nunca teria acontecido, todavia, ela teria ocorrido de maneira completamente diferente.
Além do mais, com a presença de Rodolfo no trono austríaco, seria possível que negociações com a sérvia tivessem ocorrido, o que diminuiria a possibilidade de um atentado como o ocorrido em 1914, que tragicamente desencadeou a declaração de guerra de Inglaterra, França e Rússia à Alemanha e Áustria-Hungria. A Mão Negra de Gravilo Princip teria sido irrelevante.
Francisco Ferdinando foi morto por essa organização nacionalista, que tinha como objetivo a independência da Sérvia da tirania de Viena. Todavia, seu assassinato desencadeou o nó diplomático que levou à declaração de guerra da Áustria a Servia. Em seguida, a Rússia declarou guerra à Áustria e, como consequência, à Alemanha. E com isso, entram Inglaterra, França, Itália e Império Otomano, e o resto todos conhecemos.
+ Saiba mais sobre a Primeira Guerra Mundial por meio das obras a seguir:
A Primeira Guerra Mundial: Os 1.590 dias que transformaram o mundo (2017) - https://amzn.to/2Bqc078
Box 1914-1918: a História da Primeira Guerra Mundial (2016) - https://amzn.to/33JxoQM
A Primeira Guerra Mundial - https://amzn.to/2MS57Rf
O horror da guerra: Uma provocativa análise da primeira guerra mundial - https://amzn.to/2MOJMIw
A primeira guerra mundial: História Completa (2013) - https://amzn.to/2P0HKrC
Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.
Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp
Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/3b6Kk7du
Vitória de Donald Trump representa 'risco de turbulências', avalia professor
Há 90 anos, morria o ilustre cientista Carlos Chagas
Ainda Estou Aqui: 5 coisas para saber antes de assistir ao filme
O Exorcista do Papa: O que aconteceu com o padre Gabriele Amorth?
Relação tempestuosa e vida reservada: Quem é Vivian Jenna Wilson, filha de Elon Musk
Confira 5 gladiadores que ficaram famosos no Império Romano