No Dia Internacional da Mulher conheça a história de Rosalind, que só teve reconhecimento décadas após o seus esforços
Giovanna Gomes Publicado em 08/03/2021, às 15h49
A cientista Rosalind Elsie Franklin nasceu na Inglaterra no ano de 1920, época em que mulher e ciência não era uma associação muito bem-vista na sociedade. A jovem pertencia a uma família de origem judaica muito influente e foi atuante no movimento pelo sufrágio feminino.
Conforme repercutido pelo Brasil Escola, apesar do enorme preconceito existente no período, quando a jovem Rosalind decidiu cursar Ciências da Natureza no Newnham College, faculdade pertencente à Universidade de Cambridge, seus pais a apoiaram.
Franklin se formou em 1941 e quatro anos depois obteve seu Ph.D com uma instigante pesquisa sobre a porosidade do carvão, a qual foi de grande importância durante a Segunda Guerra Mundial.
Concluída sua primeira pesquisa, a química foi além e passou a estudar estruturas moleculares de vários outros elementos, como o grafite.
Mas foi a partir de suas análises que acabou por realizar seu principal feito: a descoberta da estrutura do DNA, um momento esplendido numa época marcada pelo preconceito.
Em 1951, Rosalind entrou para o laboratório de biofísica do King’s College. Foi então que, com auxílio do aluno Raymond Gosling, extraiu fibras de DNA para uma análise com raios-X. Naquele momento, ela descobriu que a molécula apresentava duas formas e não uma, como anteriormente se acreditava.
A cientista havia acabado de voltar da França, onde pôde aprimorar o uso da cristalografia de raios-X, que servia para criar imagens de elementos microscópicos. Assim, com sua técnica, foi possível fotografar a estrutura de dupla hélice do DNA, registro que veio a ser conhecido como Photo 51.
Franklin não chegou a desenvolver sua tese, pois um biólogo molecular chamado Maurice Wilkins, o qual trabalhava no local, se apossou da mesma quando o cientista James Watson visitou o laboratório. Na época, Watson estava numa incessante missão com o objetivo de desvendar a estrutura do DNA.
Assim, no ano de 1953, a química mudou o foco de seus estudos e passou a analisar vírus. Porém Watson, Wilkins e um terceiro biólogo chamado Francis Crick, anunciaram a descoberta da dupla hélice, não creditando a mulher.
Cinco anos depois, Rosalind, que nunca criticou a ação dos cientistas, morreu aos 37 anos de idade, vítima de um câncer no ovário.
Em 1968, James Watson, quem foi o vencedor do Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1962 pela pesquisa, citou em sua autobiografia 'A dupla hélice: Como descobri a estrutura do DNA', a importância de Franklin para a descoberta.
Apesar de no livro o biólogo falar negativamente sobre a mulher chamando-a de “agressiva”, há quem considere que, se não fosse por esta passagem na obra, Rosalind jamais teria sido lembrada e creditada.
No ano de 2015, mais de cinco décadas após sua morte, Franklin foi homenageada em uma peça de teatro roteirizada por Anna Ziegler, que contou sua história nos palcos. O espetáculo chamado 'Photograph 51' teve como protagonista a atriz Nicole Kidman, que recebeu um prêmio por sua emocionante performance.
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