Em 2019, a cantora recebeu muitas críticas da comunidade cristã devido a suas declarações sobre o debate
Pedro Paulo Furlan, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 09/10/2021, às 08h00 - Atualizado em 14/10/2021, às 16h49
Um debate importante, a opinião de uma popstar global e a rebatida de um pastor de destaque nos Estados Unidos. Esse é o resumo da situação criada em torno de uma das declarações de Madonna sobre a legalização do aborto e sua recepção pública.
A polêmica se deu em especial pela comunidade cristã norte-americana e o líder religioso Franklin Graham. O episódio aconteceu em 2019.
Tudo começou no programa australiano Andrew Denton’s “Interview”, a superestrela reforçou seu apoio pela legalização do aborto e afirmou que gostaria de levar a discussão diretamente à cabeça da Igreja Católica: o Papa Francisco.
As falas de Madonna foram especialmente polêmicas devido à oposição forte que a comunidade cristã representa neste debate.
Tratando de suas opiniões, a cantora reforçou que Jesus seria a favor da mulher escolher o que faz com o próprio corpo.
“Vamos falar sobre o ponto de vista de Jesus sobre mulheres. Você não acha que Jesus concordaria que uma mulher tem o direito de escolher o que fazer com o seu corpo?”. Junto com isso, Madonna também disse que acredita que o papa estaria aberto a ter essa conversa com ela.
As falas da estrela vieram durante a divulgação do álbum Madame X de 2019, o seu décimo-quarto projeto, que já contava com uma veia politizada.
Durante a entrevista na qual Madonna conversou sobre aborto, ela também falava de uma das músicas promocionais do álbum, “God Control”.
A faixa conta com um clipe onde a cantora abertamente se coloca contra a liberação de armas - no qual a dona do hit 'Like a Prayer' empodera sua crítica com a representação de uma série de tiros dentro de uma discoteca.
As falas da artista e suas opiniões sobre a legalização do aborto foram profundamente desaprovadas pela comunidade cristã dos Estados Unidos, especialmente pelo pastor Franklin Graham.
Ministro e diretor da Associação Evangelística Billy Graham, nomeada com homenagem a seu pai, o evangelista criticou Madonna em seu Facebook na época.
O líder religioso rebateu as falas de que Jesus seria a favor do aborto.
“Isso é absurdo! Sinto muito por Madonna e outros que acreditam no que ela acredita, pois estão enganados”, disse ele.
Referindo-se ao aborto como “a destruição de uma vida”, Franklin Graham também disse que se tratava de um pensamento 'assustador'.
“Eles devem entender que um dia Deus vai os responsabilizar. Ficar na frente de Deus com o sangue dos não-nascidos em suas mãos é um pensamento assustador”
Essa não é a primeira vez que Madonna bate de frente com a comunidade evangélica global. Desde 1989, com o vídeo de “Like a Prayer”, a cantora é criticada por suas referências à religião e o uso de suas imagens e símbolos.
Alguns exemplos que podem ser citados são: a polêmica apresentação de “Like a Virgin” na turnê “Blonde Ambition” e sua canção “Holy Water”, pela qual foi criticada com a comparação entre líquidos não-sacros e água benta, sua turnê “Rebel Heart Tour”.
Crescendo em uma família católica e depois excomungada da Igreja, Madonna já afirmou que se utiliza dessa simbologia pois ainda se identifica com ela.
É possível encontrar referências a Deus em várias de suas letras, cruzes em muitas artes ao longo de sua carreira e outra iconografia cristã em diversas apresentações musicais.
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