Um dos maiores gênios que já viveu, o matemático e físico inglês Isaac Newton também tentou prever quando chegará o fim do mundo
Éric Moreira Publicado em 28/07/2024, às 18h00
Ao longo da História, em todo o mundo, já surgiram e morreram várias culturas, civilizações, impérios, heróis, lendas, mitos, folclores... Ainda assim, muitas possuem uma coisa em comum: já tentaram pensar em como seria o início de tudo e prever o fim do mundo.
Os antigos vikings, por exemplo, chamavam o fim dos tempos de Ragnarok; os cristãos, chamavam-no de Apocalipse já no Hinduísmo, o fim do mundo ocorre após Kalki, a última encarnação do protetor do Universo, Vishnu, traz um fim ao atual Kali Yuga.
Até mesmo um dos maiores gênios da humanidade já teorizou quando a humanidade deve enfrentar seu fim.
Nascido no dia 4 de janeiro de 1643, no Reino Unido, Isaac Newton — hoje também reconhecido com o título de "Sir" — foi um matemático, físico e astrônomo inglês, reconhecido como um dos cientistas mais influentes de todos os tempos. Ele foi o responsável, por exemplo, por fundamentar as famosas 'Três leis de Newton' e, talvez seu maior feito, descobrir e descrever a gravidade.
No entanto, Newton não se aventurava apenas nas ciências exatas. Ele também era autor e teólogo. Além disso, fora considerado um cristão devoto, mas pouco ortodoxo, que rejeitava particularmente a doutrina da Trindade.
Uma mente tão curiosa, ele aprofundava-se em diversos assuntos, também no meio religioso. Por exemplo, além da física e da alquimia, um tópico é seu interesse especial pelas profecias apocalípticas, que imaginavam o fim do mundo, escritas na Antiguidade.
+ Veja 5 vezes em que as pessoas imaginaram o fim do mundo;
Segundo a filósofa Yamima Ben Menahem, curadora de uma exposição de 2007 na Universidade Hebraica de Jerusalém, com documentos sobre o trabalho e investigações de Newton, ele "se esforçou para decifrar o que considerava conhecimentos secretos, conhecimentos codificados nas escrituras sagradas de culturas antigas e de outros arquivos históricos", repercutiu o g1 na época.
Entre os manuscritos, há um em especial em que Newton tenta calcular quando seria o fim do mundo. Para desenvolver a ideia, ele tomou como referência suas crenças pessoais, baseando-se no livro do profeta Daniel, no Antigo Testamento.
Segundo o IFLScience, nos manuscritos, Newton pontua que o mundo acabaria somente após 2060 — sem determinar um ano exato em que isso ocorreria —, a partir, principalmente, da previsão do livro de Daniel de que tal evento deve ocorrer em "um tempo, tempos e metade de um tempo" após a corrupção e a arrogância dominarem o mundo.
Essa expressão, "um tempo, tempos e metade de um tempo", por sua vez, pode ser compreendida como "um ano, dois anos e metade de um ano"; logo, 1260 dias. Porém, para Newton, esses dias poderiam ser interpretados como anos e, sendo ele um forte anticatólico, atribuiu o momento em que a corrupção dominaria o mundo como o ano em que a igreja católica foi instaurada pelo Império Sacro Romano, em 800 d.C..
Assim, Newton pôde concluir que o fim do mundo ocorreria em 2060, porém, não pontua com rispidez. Ele ainda escreveu que não há garantia de que o fim ocorreria neste ano: "pode acontecer mais tarde, mas não vejo motivo para acontecer mais cedo".
Além disso, explorando outros trechos do livro, também é possível notar observações de que o fim da humanidade data "2300 tardes e manhãs" de quando o santuário for restaurado, e 1290 dias "desde o tempo em que será abolido o holocausto perpétuo e estabelecida a abominação devastadora".
A partir dessas previsões, ao todo, Newton estipulou três intervalos de tempo prováveis para ocorrer o apocalipse: entre 2132 e 2370, entre 2060 e 2344, e entre 2132 e 2374. Para englobar toda essa margem, sendo um pouco mais específico sobre a previsão, Newton estimou que apocalipse pode ocorrer entre 2060 e 2374.
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