Uma das principais hipóteses estudadas na comunidade científica é a formação por buracos menores — teoria contestada pela nova análise
Wallacy Ferrari Publicado em 16/07/2020, às 13h00
Cientistas britânicos da Universidade de Cardiff realizaram uma extensa análise buscando descobrir a idade de um dos menores buracos negros supermassivos (SMBH, sigla em inglês) já encontrados, resultando em novas conclusões sobre a origem e datação do fenômeno espacial, tendo um buraco negro “maduro” na galáxia Fantasma de Mirach como base para a pesquisa.
Até então, uma das principais hipóteses estudadas pela comunicade de astronomia era de que, em quase todas as galáxias, existe a presença de um SMBH, de maneira que, em algum momento, os buracos negros com uma formação mais madura consumiriam o que há no entorno. A nova pôde concluir que, o buraco negro presente na galáxia estudada é um titã, criado no início do Universo.
O pesquisador dr. Tim Davis, da Escola de Física e Astronomia da Universidade de Cardiff acrescentou, na publicação da revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, que a descoberta pode sugerir o início dos buracos negros supermassivos na formação inicial do Universo e não por buracos negros menores.
De acordo com o Live Science, os cientistas usaram o conjunto de 66 antenas do rádio-observatório do Atacama ALMA, no Chile, para observar a massa na Fantasma de MIrach — localizada a dez milhões de anos-luz da Terra — e acrescentaram que a SMBH tem uma massa quase um milhão de vezes maior que a do Sol.
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