O terrorista viveu escondido durante os 10 últimos anos de vida, o que também trouxe consequências para os filhos e esposas
Caio Tortamano Publicado em 17/09/2020, às 18h20
Um dos nomes mais temidos do mundo ocidental abalou o mundo em 11 de setembro de 2001. Osama Bin Laden, fundador do grupo extremista islâmico Al Qaeda, participou da organização da derrubada das Torres Gêmeas, em Nova York, num ataque suicida com o sequestro de dois aviões comerciais.
Depois de ser declarado inimigo número um dos Estados Unidos, e ter sido fundada a Guerra ao Terror, Bin Laden teve que viver na clandestinidade, escondido no Paquistão, ao lado da numerosa família — tinha cinco esposas e estima-se que tenha tido entre 20 e 26 filhos.
Os familiares que não foram mortos durante a operação que assassinou Osama passaram a viver em completo sigilo. Na casa onde foi encontrado, moravam pelo menos 20 pessoas, entre filhos e esposas. De acordo com o jornalista da CNN, Peter Bergen, o lugar era basicamente um “acampamento miserável, de longo prazo, mas improvisado”.
Prisão
Bergen foi o único jornalista a entrar na casa de Abbottabad, onde Bin Laden vivia como um rato. As crianças da família não podiam sair da casa para não levantar nenhuma suspeita, então passavam dias trancadas.
A mais nova de suas esposas, Amal Abd Fatah, quando foi capturada por autoridades do Paquistão, revelou sem muitos detalhes como era o cotidiano morando com o terrorista. Ela explica que, depois dos ataques de 2001, Osama morava com as esposas, mas tiveram que se separar, até se encontrarem novamente só em 2002.
Quando se reuniram, passaram a morar em uma aldeia ao sul de Peshawar, no Paquistão. Foi lá que Bin Laden precisou cuidar de uma doença, a qual sua ex-esposa não especificou. Só foram chegar ao complexo onde foi encontrado muito depois, em 2005, depois de ter passado por outros dois esconderijos em duas cidades distintas no país.
Filhos
Entre 2003 e 2008, Amal afirma ter engravidado quatro vezes do terrorista, e todos vieram ao mundo em hospitais estaduais da região — logicamente, sem a presença do pai e utilizando documentos falsos.
Antes de se estabelecer em Abbottabad, Osama recebeu Shareeja Seeham, que ficou com a família até a morte do islâmico, em 2011. Seeham, que foi acompanhada de seus cinco filhos para a casa, tinha a função de educar as crianças que não podiam ter uma educação regular em uma instituição de ensino, pelo sigilo em que viviam.
Após os horrores do 11 de setembro, cinco dos filhos de Bin Laden foram embora com a mãe e esposa mais velha do homem, Sahaba Khaeriah em direção ao Irã. Todavia, foi em vão. Ela acabou sendo presa em 2004, encarando seis anos em custódia até ser liberada como moeda de troca, quando um diplomata iraniano foi sequestrado e precisava de prisioneiros em liberdade.
O medo de ser encontrado só foi superado uma vez, quando Bin Laden sentiu que deveria sair de sua casa para ver de perto o que estava sendo feito com a Al-Qaeda. Sabendo que cada vez mais crescia um sentimento de insatisfação com os rumos tomados internamente, o número de rebeldes crescia.
Como consequência, o terrorista foi até a região do Waziristão. Mais uma furada. Assim que souberam da possibilidade do extremista ter passado na região, o exército dos EUA liderou ataques aéreos em pontos estratégicos, além de missões.
Bin Laden escapou dessas investidas. Por outro lado, se viu encurrlado. Foi suficiente para Bin Laden, que afirmou a seus comandantes: “encontrem um lugar mais seguro do que esse”.
Morte
Fora isso, pouco se sabe sobre a sua vida pessoal, que fugia de suas anotações e diários que foram coletados por agentes da CIA quando morreu, em 2011. Os últimos meses de sua vida foram quase que um presságio. Vivia na paranoia diante das perseguições e a certeza que seria capturado.
Desconfiava até mesmo dos seus aliados mais próximos, dois irmãos que cuidavam da segurança de Osama no complexo de Abbottabad. Isso teve fim quase dez anos depois dos atentados que marcaram a história, depois da Operação Lança de Netuno.
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