Em meio a processos e custos altos de manutenção, a residência do Rei do Pop é palco de uma briga entre a família do músico e imobiliárias
Wallacy Ferrari Publicado em 29/07/2020, às 08h28
Adquirida por Michael Jackson em 1988, o músico tornou o rancho Neverland sua residência principal em maio de 1990, após uma bateria de reformas no antigo terreno Sycamora Valley Ranch. Os valores nunca foram revelados, mas corretores imobiliários da região chegaram a estimar a compra em uma média entre 19 e 30 milhões de dólares na época.
A residência do Rei do Pop tornou-se uma referência mundialmente conhecida de sua extravagância, sendo palco de pontos altos e baixos de sua carreira. Serviu por anos como uma ferramenta de engajamento do cantor, recebendo crianças carentes de todo o mundo pela mansão, que contava com um parque de diversões com 10 brinquedos inspirados nos da Disneyland, além de uma estação de trem, um fliperama com dezenas de games e piscinas.
No entanto, em 1993 e 2003, também se tornaria palco das acusações de pedofilia, onde o rancho era relatado como uma ferramenta de atrair crianças para o músico. Mesmo absolvido, o impacto na vida pessoal fez Michael se afastar da gigante residência, resultando em episódios de complicações financeiras antes e depois de seu falecimento.
Os esforços de Michael
Acredita-se que o abandono da residência pelo cantor foi feito por volta de 2004, durante a conclusão do processo de abuso sexual infantil do qual Michael era réu. Durante o processo, a irmã La Toya teria ficou na casa e foi a responsável por cuidar e, infelizmente, presenciar as demissões de funcionários e lacração de brinquedos, como conta no livro ‘Starting Over’, de 2012.
A execução hipotecária do terreno teve os dados atualizados em 2007, surpreendendo os fãs com uma tentativa de refinanciar a localidade com uma impressionante dívida de US$ 24,5 milhões de dólares. O local corria o risco de ir a um leilão público do terreno parcial ou total, mas foi impedido pelo advogado de Michael, L. Londell McMillan, que iniciou um acordo privado com um escritório de investimentos e a antiga responsável pelo imóvel, a Sycamore Valley Ranch Company, LLC.
Meses antes de Michael falecer, em 2009, a Colony Capital, que comprou a dívida do local passou a utilizar alguns pontos da mansão para recuperar os investimentos, como a venda dos brinquedos mais modernos do parque e de alguns itens relacionados ao cantor, como placas, gravuras e até mesmo o quimérico portão da residência.
Após a morte do rei
A residência de Michael chegou a ser cogitada como palco de um funeral privado entre familiares e até local de sepultamento, mas descartada pela possibilidade da Colony Capital monetizar o falecimento com visitas guiadas ao terreno, como a família de Elvis fez na mansão Graceland. Durante o ano de 2009, o irmão e também músico Jermaine ficou na residência para resolver os trâmites e possibilitar a entrada de equipes de TV.
Os animais e o resto dos brinquedos foram removidos e substituídos por decorações com o Peter Pan. O fliperama do astro foi inteiramente mapeado e fotografado, possibilitando uma visita virtual em seus itens de jogatina, porém, permanecem parcialmente abandonados. Um dos poucos itens leiloados foi um PlayStation 1, com o autógrafo do rei. O rancho chegou a ser colocado à venda por US$ 100 milhões em 2015 por uma subsidiária da Colony, mas não conseguiu comprador.
Desde então, a propriedade permanece no mercado, com as estruturas e paisagismo da fazenda tendo a manutenção regular, porém, em fevereiro de 2019, o preço da fazenda teve uma desvalorização de quase 70%, sendo avaliada em US$ 31 milhões. Um dos fatores que atribuem a queda foi o lançamento do documentário “Leaving Neverland”, que relaciona o local a novas acusações de pedofilia contra o cantor.
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