Outro familiar de vítima de Jeffrey Dahmer detona série: 'Não vejo como podem fazer isso'

O nome de Jeffrey Dahmer se tornou um dos mais comentados assuntos nas redes sociais. Isso acontece após o lançamento de duas produções distintas na Netflix sobre o canibal que chocou os Estados Unidos após a morte de 17 homens. 

Com Evan Peters na pele do criminoso, 'Dahmer: Um Canibal Americano' mistura ficção e realidade ao relembrar a saga aterrorizante de crimes. Já 'Conversando com um serial killer: O Canibal De Milwaukee' conta com gravações inéditas de Dahmer registradas durante a investigação do caso. 

No entanto, após os lançamentos das produções, as redes sociais foram tomadas por comentários que não concordam com a dor que o true crime pode proporcionar as famílias das vítimas.

Em entrevista ao The Guardian, Shirley Hughes, mãe de Tony Hughes, vítima de Dahmer, demonstrou sua sincera opinião sobre a série que, inclusive, retrata o caso do filho. Shirley disse ao veículo que a representação de Tony e as consequências 'não aconteceram' como fora retratado. 

Não vejo como eles podem fazer isso", disse Shriley. "Eu não vejo como eles podem usar nossos nomes e divulgar coisas assim por aí."

O crime

Especificamente, Tony era deficiente auditivo e mudo. Ele conheceu o criminoso num bar gay localizado em Milwaukee no dia 24 de maio de 1991, conforme registrado pela AP e repercutido pela People. Depois, Dahmer levou a vítima até seu apartamento, o matou, desmembrou o cadáver e manteve o crânio. 

Na série da Netflix, todavia, além de um relacionamento anterior a morte de Tony, também é mostrado que o canibal doa dinheiro durante as buscas da vítima.

Vale lembrar que outro familiar de uma vítima do canibal também veio a público criticar a representação dos crimes na série da Netflix. 

“Eu não estou dizendo a ninguém o que assistir, eu sei que a mídia de crimes reais é enorme agora, mas se você está realmente curioso sobre as vítimas, minha família (os Isbells) está chateada com esse show”, escreveu um parente de Errol Lindsey no Twitter. “Está retraumatizando uma e outra vez, e para quê? De quantos filmes/programas/documentários precisamos?".